A Câmara Municipal de Santo Antônio do Descoberto aprovou, em apenas quatro minutos e em regime de urgência, o Projeto de Lei enviado pela prefeita Jéssica do Premium que determina a desocupação da feira da cidade. O texto, encaminhado na segunda-feira (2), foi votado já nesta terça (3) e impacta diretamente cerca de 400 famílias de feirantes e pioneiros.

A medida está relacionada à construção do Mercadão Goiano, espaço que deve abrigar a feira futuramente. Entretanto, como a obra ainda não está concluída, feirantes relatam preocupação com a possibilidade de ficarem sem local de trabalho e sem renda durante o período de transição.

A votação foi marcada por divergências: apenas três vereadores — Clenilda (Agir), Marcelo Vovô (Republicanos) e Deusa da Feira (UB) — se posicionaram contra o projeto. A reportagem do Jornal Opção Entorno, entrou em contato com a vereadora Deusa, ela não quis detalhar o motivo do seu voto. Marcelo Vovô nos atendeu e disse que a reivindicação da população é por melhores condições de trabalho e espaço para poder comercializar os produtos, segundo ele, eles precisam ter onde vender para o seu sustento.

O que diz a Prefeitura

Em nota oficial, a gestão municipal justificou a proposta afirmando que a feira atual enfrenta problemas estruturais graves. Segundo a Prefeitura, o Ministério Público já havia cogitado determinar o fechamento do espaço devido às irregularidades.

Entre os pontos citados estão:

  • Ausência de saídas de emergência, dificultando a emissão de alvarás para muitos feirantes;
  • Prejuízos em dias de chuva, devido à estrutura considerada inadequada;
  • Risco de princípios de incêndio, já registrado anteriormente;
  • Falta de revitalizações e manutenção ao longo de gestões passadas.

Diante desse cenário, a administração afirma que manter a feira no local atual “não é mais seguro nem justo com quem trabalha e consome”.

A gestão garante ainda que nenhum feirante será prejudicado e que todos receberão sua banca no novo espaço. O objetivo, segundo a prefeita Jéssica, é corrigir problemas históricos e proporcionar um futuro mais seguro e organizado para o comércio da cidade.