Caminhoneiros rejeitam greve nacional convocada para esta quinta-feira

Os principais representantes dos caminhoneiros do Brasil comunicaram que não vão aderir à greve convocada para esta quinta-feira (4), apontando que o chamado é de natureza ideológica e pode prejudicar motoristas da categoria.

A paralisação foi anunciada por Chicão Caminhoneiro e o ex-desembargador Sebastião Coelho — apoiadores declarados do ex-presidente Jair Bolsonaro — e criticados por líderes da categoria, que afirmam que o movimento visa, na prática, defender pautas políticas em vez de demandas da classe.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), a paralisação está sendo divulgada em grupos de WhatsApp e redes sociais, mas a entidade não compactua com “movimentos de manipulação política” que usem os caminhoneiros para outros fins.

Na prática, as rodovias do Distrito Federal e do Entorno amanheceram sem bloqueios, interdições ou manifestações — conforme informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A reação de representantes de setores locais foi de cautela: para entidades do comércio e distribuição de combustíveis no Distrito Federal, por enquanto, não há sinais concretos de adesão em massa dos caminhoneiros, como ocorreu em 2018, com desabastecimentos de alimentos e afetando principalmente o abastecimento de combustíveis para veículos e até aeronaves.