Várias ocorrências de afogamento e mortes no Lago Jacob, em Cidade Ocidental, têm chamado a atenção de moradores da região. Somente em 2025, foram registradas 10 ocorrências de afogamentos. Já entre 2021 e 2025, três pessoas morreram no local.

Diante do cenário, o Jornal Opção Entorno procurou o Corpo de Bombeiros para esclarecer pontos sobre segurança na área. Segundo a corporação, os trechos com maior risco já foram fechados com gradil, justamente para impedir que as pessoas acessem pontos considerados perigosos.

Para os bombeiros, muitos casos estão ligados a fatores psicológicos e comportamentais, como impulsividade, descuido e excesso de confiança, e não apenas ao risco natural do lago. Eles reforçam que há um trabalho contínuo de orientação com a população, principalmente porque o local possui grande profundidade, o que pode fazer a pessoa se cansar e não conseguir retornar à margem.

Outro alerta é sobre o consumo de álcool. Por ser uma área de lazer, muitas pessoas bebem e entram na água, o que facilita decisões perigosas. Embriagadas, elas podem perder a noção de direção dentro do lago, procurando o fundo em vez da superfície, o que costuma resultar em afogamentos.

Sobre vigilância, não há equipes fixas no local, mas ações de prevenção são realizadas. Os bombeiros orientam que, se a própria vítima estiver em perigo, deve manter a calma, encher os pulmões de ar, jogar a cabeça para trás e nadar lentamente em direção a um ponto seguro.

Quem presencia um afogamento não deve entrar na água. A recomendação é lançar um objeto flutuante, como corda, pneu ou qualquer item que permita que a pessoa se agarre, evitando o risco de gerar uma segunda vítima.

Um dos casos mais recentes aconteceu na tarde de segunda-feira (8). Um homem, que havia sido levado ao hospital após passar mal e apresentar comportamento alterado, fugiu da unidade de saúde. Ele correu até as proximidades de um shopping e pulou no Lago Jacob.

Testemunhas disseram que ele nadou cerca de 30 metros e caiu em uma erosão submersa, com aproximadamente seis metros de profundidade. A água turva dificultou o trabalho das equipes. Mergulhadores localizaram o corpo e realizaram a retirada. O caso ficou aos cuidados da Polícia Militar, que aguardava a chegada do Instituto Médico Legal, IML, para os procedimentos necessários.

A Prefeitura de Cidade Ocidental foi procurada para tratar das ações de prevenção no lago, mas até o fechamento desta reportagem, não houve manifestação.