A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) terá mudança na composição a partir desta semana. Com o afastamento temporário do deputado estadual Henrique César (Podemos), quem assumirá o mandato será o segundo suplente da legenda, Léo Portilho, após a recusa da primeira suplente, a professora Ana Lúcia, de Luziânia.

Henrique César se licenciou do cargo a partir de 1º de julho. O afastamento inclui dois dias de licença médica e 119 dias por interesse particular. Com a saída do parlamentar, Ana Lúcia, que recebeu mais de 21 mil votos nas eleições de 2022, foi convocada para assumir a vaga, mas comunicou oficialmente à Casa sua decisão de não tomar posse.

A recusa surpreendeu aliados e movimentou os bastidores da política no Entorno do Distrito Federal. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, Ana Lúcia justificou a decisão com base em sua atuação como educadora. “Tenho responsabilidade com meus alunos e com o meu povo. Preciso voltar à sala de aula. Não posso deixar meus estudantes sem professor por três meses”, afirmou.

Ela também criticou o curto período que poderia ficar na Alego. “Se eu pudesse ficar até o fim do mandato e montar um gabinete no Jardim Ingá, eu aceitaria. Mas vou bagunçar minha vida por três meses de salário de deputada? Eu não estou passando fome”, disse. Apesar da recusa, garantiu que continua ativa na política: “Tudo tem seu momento”.

Com a desistência de Ana Lúcia, a Alego convocou o segundo suplente do partido, Léo Portilho, que obteve 13.640 votos no pleito de 2022.

A chegada de Léo Portilho à Alego ocorre em meio a articulações políticas do Podemos para fortalecer sua base no interior do estado e no Entorno do DF. O partido busca consolidar lideranças regionais com foco nas eleições municipais de 2026 e no reposicionamento estadual da legenda.