O Hospital Estadual de Luziânia (HEL) realizou a segunda captação de órgãos desde o início de suas atividades, em um gesto de solidariedade e esperança. O doador foi um homem de 22 anos, natural de Luziânia (GO), que teve o diagnóstico de morte encefálica confirmado pela equipe médica.

Foram captados o fígado e os rins, encaminhados para transplantes em Brasília e Goiânia, beneficiando pacientes que aguardavam na fila. A ação foi conduzida de forma integrada por profissionais de saúde de Goiás e do Distrito Federal.

A diretora técnica do HEL, Patrícia Castro, destacou que a agilidade e a organização são fundamentais nesse tipo de procedimento. Segundo ela, cada órgão possui um tempo máximo para ser retirado, transportado e transplantado — período conhecido como tempo de isquemia, em que o órgão permanece sem irrigação sanguínea. “Por isso, a sincronia, o preparo técnico e a precisão das equipes envolvidas são essenciais para garantir a viabilidade dos órgãos e o sucesso dos transplantes”, explicou.

A médica também ressaltou o papel essencial da família do doador, cuja autorização tornou possível o ato de solidariedade que salvará outras vidas. “O ‘sim’ da família representa um gesto de profunda generosidade e empatia. Falar sobre doação de órgãos é um ato de amor que transforma a dor da perda em esperança e continuidade da vida”, afirmou Patrícia Castro.

Ela reforçou que o caso é um lembrete de que, mesmo em meio ao luto, é possível gerar vida e renovação para quem aguarda uma nova chance.