Valparaíso lidera partos realizados no DF: mais de mil mães da cidade deram à luz em hospitais públicos do DF

17 outubro 2025 às 10h49

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Valparaíso de Goiás se tornou, em 2025, o principal município do Entorno goiano a recorrer à rede pública do Distrito Federal para partos. De janeiro a agosto deste ano, mais de mil moradoras da cidade deram à luz em hospitais do DF — número que a coloca na liderança entre os municípios vizinhos que buscam atendimento na capital federal.
Segundo dados do Painel Infosaúde, da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), as maternidades do Hospital Regional do Gama (HRG) e do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realizaram juntas 5.098 partos no período. Desse total, 63,5% (3.240) foram de mães residentes em cidades goianas do Entorno.
Os números revelam um movimento constante de gestantes que ultrapassam os limites do DF em busca de atendimento. No Hospital Regional do Gama, foram 2.555 partos, sendo 1.842 de mulheres do Entorno (72,1%) e 713 de brasilienses. Já no Hospital Regional de Santa Maria, os registros somam 2.543 partos, dos quais 1.398 (55%) são de pacientes vindas de Goiás e 1.144 de moradoras do próprio Distrito Federal.
Entre as cidades goianas que mais utilizam a estrutura das maternidades públicas do DF estão Valparaíso de Goiás (1.024 partos), Luziânia (886), Novo Gama (793) e Cidade Ocidental (446).
Thayane Pereira Silva, moradora da Cidade Ocidental, descobriu que o pequeno Artur nasceria prematuro — com apenas 34 semanas —, ela optou pelo Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) após ouvir boas recomendações de outras mães. O parto, realizado por cesariana, foi acompanhado de perto por uma equipe multiprofissional. “No início, recebi grande apoio da fisioterapia para tentar o parto normal e fui acompanhada de perto durante todo o processo. A cada troca de plantão, os profissionais me trataram com carinho e atenção. Foi, de fato, uma experiência surpreendente”, relembra Thayane.
Casos como o de Thayane são comuns nas maternidades do HRSM, administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O hospital é referência em gestações de alto risco e oferece estrutura moderna: são 12 leitos PPP (pré-parto, parto e pós-parto), salas cirúrgicas, leitos de estabilização e recuperação e até um espaço terapêutico voltado ao bem-estar das famílias.
Referência em acolhimento e eficiência
O presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, afirma que o HRSM representa um modelo de gestão que alia eficiência e humanização. “O Hospital Regional de Santa Maria é exemplo de como uma gestão eficiente pode transformar realidades. Hoje, conseguimos acolher gestantes de alto risco com qualidade, segurança e humanidade. Cada parto realizado aqui representa não só um nascimento, mas também a confiança de famílias inteiras no trabalho desenvolvido pelo IgesDF e pelo Governo do Distrito Federal”, destaca.
A equipe multiprofissional — composta por enfermeiras obstetras, médicas, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogas e assistentes sociais — garante um cuidado integral às mães e bebês, reforçando o compromisso com o parto humanizado.
Desafio regional e papel do DF
Para o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, os dados evidenciam que o sistema público do DF ultrapassa as fronteiras administrativas e tem papel essencial na assistência à população do Entorno. “É um desafio grande, mas reforça o papel do Distrito Federal como referência em atendimento especializado e humanizado. Estamos investindo em estrutura, tecnologia e profissionais para garantir que cada mãe e cada bebê tenham a assistência necessária”, afirmou.
Com a alta procura, o Governo do DF reforça que segue ampliando o atendimento e a capacidade das unidades hospitalares, para atender tanto as moradoras do DF quanto as mães goianas que veem nas maternidades da capital um sinônimo de segurança, qualidade e acolhimento.