Passagens de ônibus no Entorno podem ter aumento em agosto

18 agosto 2025 às 14h52

COMPARTILHAR
As tarifas de ônibus que ligam cidades do Entorno ao Distrito Federal podem ficar mais caras a partir de 22 de agosto. O reajuste, suspenso desde fevereiro, pode chegar a 2,91% no transporte coletivo semiurbano interestadual.
Se aprovado, os novos valores ficariam da seguinte forma:
- Águas Lindas de Goiás: de R$ 10,85 para R$ 11,15
- Planaltina de Goiás: de R$ 11,05 para R$ 11,35
- Luziânia: de R$ 10,35 a R$ 11,65 para valores entre R$ 10,70 e R$ 12,05 (viagens até Taguatinga)
- Valparaíso de Goiás: de R$ 4,90 a R$ 8,85 para R$ 5,05 a R$ 9,15
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou, em nota, que a suspensão do reajuste em fevereiro ocorreu a pedido do Ministério dos Transportes. O objetivo foi dar tempo para a criação de um consórcio interfederativo, que permitirá uma gestão integrada do sistema e poderá viabilizar subsídios às tarifas.
Segundo a ANTT, a aplicação do aumento ainda depende de deliberação da diretoria colegiada, mas o prazo para decisão vai até 23 de agosto de 2025.
A Secretaria do Entorno foi procurada e informou apenas que aguarda um parecer do Governo Federal para avançar nas negociações.
Planaltina de Goiás possui atualmente a tarifa mais cara do Entorno. Em entrevista nesta segunda-feira (18), o prefeito da cidade, Delegado Cristiomário (PP), afirmou que tem expectativa na criação do consórcio interfederativo — envolvendo municípios, o Estado de Goiás e o Distrito Federal — para subsidiar parte das despesas do transporte. Segundo ele, duas medidas seriam fundamentais para reduzir o preço das passagens: a implantação de subsídios diretos e a integração com o sistema de transporte do DF. “Estamos às margens da BR-020, por onde circulam vários ônibus do DF com tarifas que custam metade do valor em Planaltina. Se conseguíssemos levar nossos moradores até esses pontos, seria como um BRT atendendo a região norte”, explicou.
O prefeito reforçou que o consórcio precisa avançar para garantir a legalidade no repasse de subsídios por parte dos governos do Distrito Federal e de Goiás às empresas. “Essa discussão está no âmbito do DF, mas o processo anda devagar. Precisamos que os governos agilizem, porque essa será a verdadeira resposta para a população do Entorno”, concluiu.