Cidade Ocidental aposta em tecnologia e participação popular para reforçar a segurança

25 junho 2025 às 11h06

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A cidade está implementando um novo modelo de segurança pública que une tecnologia, inteligência artificial e participação comunitária. Batizado de Ocidental 360°, o programa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Trânsito, em parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM), e já apresenta resultados promissores.
Em fase inicial e com atuação em condomínios parceiros, o projeto levou à prisão de três suspeitos em menos de um mês de testes. Segundo o comandante da GCM, Lucena, a proposta é criar uma rede de monitoramento integrada e eficiente. “O sistema conecta condomínios, empresas e cidadãos a um complexo de segurança que inclui botões de pânico, totens distribuídos em pontos estratégicos da cidade e canais diretos de comunicação com a central”, explica.
O Ocidental 360° vai além da instalação de câmeras nas ruas. Ele forma um ecossistema tecnológico que permite respostas rápidas e precisas, com foco na prevenção e na inteligência. Entre os principais recursos já em funcionamento ou em fase de implementação, destacam-se:
- Reconhecimento facial e de placas, para identificação de foragidos e veículos roubados;
- Cadastro de bicicletas, que permite alertas automáticos em caso de furto ou roubo;
- Câmeras inteligentes, com capacidade de identificar comportamentos suspeitos e atos de vandalismo;
- Aplicativo Ocidental 360°, com botão de emergência silencioso e canal para denúncias;
- Totens de segurança em locais públicos, conectados diretamente à central;
- Integração com empresas e condomínios, com monitoramento compartilhado e botão de pânico;
- Presença ativa da GCM em escolas e unidades de saúde, com suporte tecnológico para proteção de estudantes e pacientes.
A central de comando do programa, o COI (Central de Operações e Inteligência), opera 24 horas por dia, recebendo alertas de diversos canais e encaminhando as ocorrências para os órgãos competentes — como GCM, Polícia Militar, Samu ou Corpo de Bombeiros. “Os agentes da GCM que atuam no COI são treinados para identificar cada tipo de ocorrência e acionar a resposta adequada”, destaca Lucena.
O sistema também utiliza ferramentas analíticas, como mapas de calor e relatórios de Business Intelligence (BI), para planejar ações estratégicas nas áreas mais críticas da cidade. “A tecnologia é essencial, mas ainda mais importante é a capacitação dos nossos guardas, que precisam estar preparados para atuar com eficiência e profissionalismo nas ruas”, pontua o comandante.
Outro diferencial do programa é a abertura ao diálogo com a comunidade. O tempo de resposta das ocorrências é monitorado, e reuniões com moradores ajudam a aprimorar o sistema com base em sugestões e demandas locais.
Mesmo ainda em implantação, o sistema já é visto como referência. A Secretaria de Segurança pretende apresentar o projeto a outros municípios do Entorno, com o objetivo de ampliar a rede de proteção regional. “Queremos que outras cidades conheçam o sistema e se integrem. Quanto mais informação compartilhada, maior será a segurança para todos”, afirma o secretário de Segurança, Saulo Budin.
O programa deve ganhar novas funcionalidades em breve. Um dos projetos em fase de desenvolvimento é o “Embarque Seguro”, que orientará os usuários do transporte público sobre rotas mais seguras e bem iluminadas. Para as mulheres em situação de risco, incluirá um botão de acionamento rápido no aplicativo.
“Já conseguimos realizar três prisões — por mandado judicial ou em flagrante — mesmo com o sistema ainda nos seus primeiros passos”, ressalta Budin. A expectativa é de que, com o engajamento da população, empresários e autoridades, Cidade Ocidental alcance um novo patamar em segurança pública. “O projeto está só começando. Estamos impulsionando essa mudança, e todos que quiserem participar serão muito bem-vindos”, conclui o comandante Lucena.