Estacionamento na Rodoviária do Plano Piloto será cobrado a partir de julho; tarifa vai de R$ 7 a R$ 12 por hora

01 julho 2025 às 13h20

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A partir de julho, estacionar na Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília, terá custo entre R$ 7 e R$ 12 por hora, dependendo da área escolhida. A mudança vale para as plataformas superior e inferior do terminal, próximas aos setores de Diversões Sul (SDS) e Norte (SDN), e faz parte do novo modelo de gestão privada do espaço.
A data exata para o início da cobrança ainda não foi informada. A medida está prevista no contrato de concessão firmado com o Consórcio Catedral, que assumiu a administração da rodoviária e de suas 2.902 vagas de estacionamento no dia 1º de junho.
Segundo a empresa, o valor inicial previsto era de R$ 5 por hora, mas foi reajustado com base em estudos técnicos e nos preços praticados na região central da capital federal.
Veja os valores por localidade:
- R$ 12 por hora: área posterior à rodoviária, próxima ao shopping Conjunto Nacional.
- R$ 7 por hora: vagas nas imediações do Conic e da plataforma superior voltada ao SDS.
Além das tarifas por hora, também serão disponibilizadas opções de diária e planos mensais. Todos os veículos que utilizarem os estacionamentos administrados pela concessionária terão cobertura de seguro, segundo o consórcio.
A cobrança será feita por um sistema automatizado, e nos primeiros dias de funcionamento, haverá equipes no local para orientar os motoristas. “A cobrança será amplamente comunicada no local, com sinalização e profissionais treinados para orientar o público”, informou a empresa.
Reforma e investimentos
O contrato de concessão da rodoviária tem validade de 20 anos, com valor estimado em R$ 119,7 milhões, conforme estabelece a Lei Distrital nº 7.358/2023. O projeto prevê a reforma completa do terminal, com prazo de até quatro anos para conclusão da estrutura principal e investimento de R$ 54,9 milhões.
Nos três primeiros anos, a previsão é de aplicar R$ 57,7 milhões em melhorias. A infraestrutura dos estacionamentos e o novo sistema operacional devem custar cerca de R$ 7 milhões, com execução prevista para até dois anos.
Desde que assumiu a gestão, o consórcio afirma ter iniciado a manutenção de elevadores e escadas rolantes, além de colocar em funcionamento o Centro de Controle Operacional (CCO), que conta com 62 câmeras e tecnologia de reconhecimento facial.
Repercussão
A decisão tem gerado críticas de usuários e comerciantes da região, que temem impactos nos custos e na rotina de trabalhadores que dependem da rodoviária diariamente. Apesar disso, o Governo do Distrito Federal (GDF) defende a concessão como estratégia para modernizar e ampliar a qualidade dos serviços em um dos pontos mais movimentados do transporte público no DF.