O ex-candidato ao governo do Distrito Federal Leandro Grass oficializou sua filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT) em um ato simbólico ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Janja da Silva, nesta quinta-feira (24), no Vale do Jequitinhonha (MG). O gesto marca um novo capítulo em sua trajetória política e o posiciona como uma das principais apostas da legenda para as eleições de 2026 no DF.

“Com sua confiança, trabalharemos para que o povo do DF volte a ser respeitado. A transformação está em curso”, declarou Grass, em referência ao apoio do presidente Lula. O político também publicou nas redes sociais que sua ficha de filiação foi “devidamente abonada pelo maior presidente da história brasileira”. “Com Lula, me encantei pela política. Foi nele que depositei meu primeiro voto em 2002, repetindo com esperança em 2006 e 2022”, afirmou.

Atualmente presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass tem construído uma trajetória sólida na política do DF. Foi eleito deputado distrital em 2018 pela Rede Sustentabilidade, com 6.578 votos. Em 2022, concorreu ao Governo do Distrito Federal pelo PV, em coligação com o PT e o PCdoB, e obteve 434.587 votos — ficando em segundo lugar, atrás do governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB).

A filiação ao PT reforça a proximidade de Grass com o núcleo político de Lula e amplia seu capital político na disputa por protagonismo na capital federal. Pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, divulgada em 16 de junho de 2025, apontou o ex-candidato com 26,25% das intenções de voto — o segundo colocado no cenário estimulado para o Buriti.

Embora ainda não tenha confirmado oficialmente qual cargo pretende disputar em 2026, Grass é cotado novamente para concorrer ao GDF, desta vez como nome principal do PT. Nos bastidores, a expectativa é de que a sigla use sua popularidade crescente para fortalecer uma frente ampla no DF, com o apoio direto de Lula.

A mudança de partido também será uma espécie de termômetro nas próximas pesquisas. Resta saber se a transferência de legenda consolidará sua posição no eleitorado ou se poderá gerar resistências em setores mais independentes. O movimento, no entanto, sinaliza uma clara estratégia do PT em reforçar suas bases no Distrito Federal e garantir espaço competitivo nas urnas em um cenário que, historicamente, tem oscilado entre campos ideológicos.