As tarifas de ônibus que ligam cidades do Entorno ao Distrito Federal podem ficar mais caras a partir de 22 de agosto. O reajuste, suspenso desde fevereiro, pode chegar a 2,91% no transporte coletivo semiurbano interestadual.

Se aprovado, os novos valores ficariam da seguinte forma:

  • Águas Lindas de Goiás: de R$ 10,85 para R$ 11,15
  • Planaltina de Goiás: de R$ 11,05 para R$ 11,35
  • Luziânia: de R$ 10,35 a R$ 11,65 para valores entre R$ 10,70 e R$ 12,05 (viagens até Taguatinga)
  • Valparaíso de Goiás: de R$ 4,90 a R$ 8,85 para R$ 5,05 a R$ 9,15

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou, em nota, que a suspensão do reajuste em fevereiro ocorreu a pedido do Ministério dos Transportes. O objetivo foi dar tempo para a criação de um consórcio interfederativo, que permitirá uma gestão integrada do sistema e poderá viabilizar subsídios às tarifas.

Segundo a ANTT, a aplicação do aumento ainda depende de deliberação da diretoria colegiada, mas o prazo para decisão vai até 23 de agosto de 2025.

A Secretaria do Entorno foi procurada e informou apenas que aguarda um parecer do Governo Federal para avançar nas negociações.

Planaltina de Goiás possui atualmente a tarifa mais cara do Entorno. Em entrevista nesta segunda-feira (18), o prefeito da cidade, Delegado Cristiomário (PP), afirmou que tem expectativa na criação do consórcio interfederativo — envolvendo municípios, o Estado de Goiás e o Distrito Federal — para subsidiar parte das despesas do transporte. Segundo ele, duas medidas seriam fundamentais para reduzir o preço das passagens: a implantação de subsídios diretos e a integração com o sistema de transporte do DF. “Estamos às margens da BR-020, por onde circulam vários ônibus do DF com tarifas que custam metade do valor em Planaltina. Se conseguíssemos levar nossos moradores até esses pontos, seria como um BRT atendendo a região norte”, explicou.

O prefeito reforçou que o consórcio precisa avançar para garantir a legalidade no repasse de subsídios por parte dos governos do Distrito Federal e de Goiás às empresas. “Essa discussão está no âmbito do DF, mas o processo anda devagar. Precisamos que os governos agilizem, porque essa será a verdadeira resposta para a população do Entorno”, concluiu.