A Prefeitura de Valparaíso de Goiás confirmou que o CAIS – Centro de Atendimento Integrado à Saúde, localizado no bairro Valparaíso II, será desativado em 1º de setembro de 2025. A partir dessa data, os atendimentos prestados na unidade deixarão de ser realizados, e os pacientes deverão procurar o Hospital Municipal de Valparaíso (HMV), no Jardim Céu Azul, ou a UPA do Bairro Marajó.

A menos de duas semanas do fechamento, a prefeitura ainda não divulgou comunicado oficial para orientar a população sobre a reorganização dos atendimentos de urgência e emergência. O CAIS é considerado o principal centro de saúde do município, oferecendo serviços como farmácia e laboratório de exames clínicos.

O morador Lizanildo Rodrigues disse estar indignado com a decisão. “Imagina como vai ficar a nossa população? O principal aparelho público de atendimento à saúde em Valparaíso é o Cais”, afirmou.

A reportagem do Jornal Opção Entorno tentou contato com a secretária municipal de Saúde, Luciana Mendes, para outros esclarecimentos, mas não obteve retorno. Também procurou o Conselho Municipal de Saúde (CMS), órgão colegiado, deliberativo e permanente, responsável por formular estratégias e acompanhar a execução da política de saúde no município, incluindo aspectos financeiros e econômicos.

A presidente do CMS, Diva Locatelle, que está em viagem, informou que ainda não há pauta definida para a próxima reunião, marcada para o dia 27 de agosto. Estou sabendo sobre o fechamento do Cais, mas todo o atendimento vai ser distribuído entre o hospital e a UPA. É para reformar, derrubar e refazer. Eles [prefeito e secretária] não querem continuar funcionando desse jeito”, afirmou. E acrescentou que não tem conhecimento sobre planejamento financeiro: “Não tem verba para a reforma, mas precisa fechar”.

Procurada, a Secretaria de Saúde de Valparaíso informou que o prédio onde hoje funciona o CAIS será substituído por uma nova unidade de saúde, prometida para oferecer mais qualidade e conforto à população. A previsão de conclusão da obra é de 18 a 21 meses, mas não foi divulgada a origem da verba para o início da construção.

Atualmente, o CAIS realiza cerca de 5 mil atendimentos por mês. Segundo a gestão, esse volume será incorporado de forma planejada pelas demais unidades, sem risco de sobrecarga. A prefeitura lembrou que situação semelhante ocorreu durante a reforma da UPA do Marajó, recentemente entregue à comunidade.