Goiás e Distrito Federal firmam consórcio para gerir transporte

Os governadores de Goiás e do Distrito Federal, Ronaldo Caiado (UB) e Ibaneis Rocha (MDB), respectivamente, assinaram um protocolo de intenções para a criação do Consórcio Interfederativo da Região Metropolitana do Entorno (CIRME). O objetivo é otimizar a gestão do transporte rodoviário interestadual semiurbano de passageiros, conhecido como STRISP.

O consórcio terá sede em Brasília e será responsável pela gestão, planejamento, regulação e fiscalização dos serviços de transporte na área. Ele será constituído por uma associação pública dos entes consorciados, que inclui Goiás e o Distrito Federal, e terá personalidade jurídica própria, conforme estipulado pelo Código Civil brasileiro.

Uma característica importante do novo consórcio é o revezamento na administração. A gestão começará com o Estado de Goiás, que assumirá a presidência do consórcio por um período de dois anos. Após esse período, a administração será transferida para o Distrito Federal, que também exercerá a presidência por dois anos, promovendo assim uma gestão compartilhada entre os dois estados.

Com a formalização do CIRME, espera-se que melhorias significativas sejam implementadas, como a definição de uma política tarifária justa, a revisão das rotas e itinerários, além da modernização da frota de ônibus que atende a região. A criação do consórcio também busca facilitar a integração dos serviços de transporte entre os municípios goianos e o Distrito Federal, promovendo uma rede de transporte mais coesa.

As autoridades locais ressaltam que, apesar do avanço, ainda será necessário discutir e aprovar o estatuto que regulamentará o funcionamento do consórcio. Esse estatuto deverá detalhar a estrutura organizacional, as competências dos órgãos envolvidos e as regras para a prestação dos serviços de transporte.

O próximo passo será a realização de assembleias para definir os detalhes operacionais e administrativos, além da assinatura de convênios com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que garantirá a delegação de competências ao consórcio. A expectativa é que a população já comece a sentir os efeitos positivos dessa colaboração em breve, com um transporte mais eficiente e integrado, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico e social da região integrada.

O consórcio também poderá firmar parcerias com outras esferas de governo e com a iniciativa privada para melhorar a infraestrutura e os serviços de transporte. Com isso, espera-se não apenas reduzir os custos operacionais, mas também aumentar a qualidade dos serviços prestados aos usuários, beneficiando diretamente a população que depende do transporte público na região.