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Anatrip Rodoviária do Plano Piloto Taxa de acostagem

A Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros (ANATRIP) se manifestou sobre a cobrança da taxa de acostagem feita pela concessionária responsável pela Rodoviária do Plano Piloto. De acordo com a entidade, empresas associadas que operam linhas que atendem o Entorno do Distrito Federal receberam boletos que somam R$ 348.189,12, referentes à cobrança aplicada desde junho de 2025.

A ANATRIP entrou com ação na Justiça Federal, no processo nº 1061736-45.2025.4.01.3400, alegando irregularidades na cobrança. A entidade aponta falta de clareza na forma de cálculo dos valores e questiona a diferença de tratamento entre empresas do transporte urbano, que recebem subsídio do Governo do Distrito Federal, e as empresas do transporte semiurbano, que não contam com esse apoio.

Segundo a associação, o setor já enfrenta aumento nos custos operacionais, como o preço do diesel, gastos de manutenção e reajustes trabalhistas. A ANATRIP afirma que a taxa representa um peso adicional e pode refletir no valor das passagens, afetando passageiros que utilizam o transporte diariamente entre o Entorno e o DF.

A entidade defende que o embarque e desembarque em terminais públicos é um direito essencial e que a cobrança desequilibra a relação entre empresas, passageiros e Estado. Para a associação, o momento pede incentivo ao transporte público, e não novas despesas.

A Concessionária Catedral, responsável pela gestão da Rodoviária do Plano Piloto, informou ao Jornal Opção Entorno, que a taxa de acostagem é uma receita prevista no contrato de concessão, analisada e aprovada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Segundo a concessionária, o tema foi discutido em audiências públicas, garantindo transparência no processo.

A empresa afirma ainda que vem investindo na modernização do terminal, com melhorias em segurança, limpeza, acessibilidade e conforto, beneficiando quem utiliza diariamente a Rodoviária do Plano Piloto.

A ANATRIP reforça que busca uma solução equilibrada na Justiça, preservando a continuidade dos serviços e o direito de mobilidade de quem depende do transporte entre o Entorno e o Distrito Federal.