Retirada de lixo que desmoronou sobre córrego em Padre Bernardo começa nesta segunda-feira

21 julho 2025 às 18h21

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A retirada do lixo que desabou sobre a grota do Córrego Santa Bárbara, em Padre Bernardo (GO), começou na manhã desta segunda-feira (21), por volta das 8h30. A ação marca o início do cumprimento de uma das principais obrigações previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado no último dia 11 entre a empresa Ouro Verde — responsável pelo lixão — e os órgãos ambientais.
Na sexta-feira (18), a empresa apresentou a documentação exigida pelo TAC, incluindo os recibos da contratação dos caminhões que farão o transporte dos resíduos. O prazo para entrega dessa comprovação vencia justamente nesse dia.
“Quem vai fazer o transporte do lixo é a empresa. Essa empresa não dá para trás. Eles apresentaram o contrato dentro do prazo”, afirmou a assessoria da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad).
Segundo estimativas técnicas, serão necessárias cerca de 4.200 viagens de caminhão para remover toda a massa de lixo desmoronada, que ultrapassa 42 mil metros cúbicos. O material será transportado para uma célula provisória, construída dentro da própria propriedade e equipada com manta de impermeabilização, conforme informou a empresa. “O trabalho precisa ser concluído até 15 de setembro, justamente por causa do início do período chuvoso. Está tudo descrito no TAC, com prazos bem definidos”, explicou a assessoria.
Além da remoção dos resíduos, a Ouro Verde contratou uma empresa especializada para realizar o monitoramento da qualidade da água na região. As primeiras coletas estavam previstas para acontecer ainda nesta segunda-feira, em oito pontos do ao redor do córrego. As análises visam identificar a presença de metais pesados, comumente encontrados no chorume.
A Semad, a Prefeitura de Padre Bernardo e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) seguem acompanhando de perto o cumprimento de todas as cláusulas do acordo.
Entenda
O desastre ambiental ocorreu em 18 de junho, quando uma pilha de lixo desmoronou no lixão da Ouro Verde, contaminando o Córrego Santa Bárbara — utilizado por agricultores da região. Após o acidente, o Governo de Goiás decretou o embargo do lixão, bloqueou os bens da empresa e passou a intervir diretamente na área.