Garis denunciam condições de trabalho em Cidade Ocidental; prefeitura rebate acusações

04 outubro 2025 às 17h40

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Um grupo de garis de Cidade Ocidental divulgou um vídeo nas redes sociais denunciando supostas condições precárias de trabalho. Nas imagens, os trabalhadores relatam que estariam realizando a coleta de lixo e entulho sem equipamentos adequados, enquanto outros servidores teriam acesso a melhores ferramentas e transporte.
“Estamos aqui filmando para os moradores da Cidade Ocidental verem como a gente é tratado, principalmente o gari. Olha essa situação que a gente fez no serviço manual, sem ferramenta nenhuma”, afirmou um dos trabalhadores. Outro reforçou: “A gente não tem outra ferramenta que não seja trabalhar metendo a mão no lixo, arriscando alguma coisa”.
Nos vídeos, os garis reclamam da falta de espetos, sacos adequados e água potável, além do esforço de realizar o trabalho em condições adversas, como vento forte e calor intenso. Eles também destacam que a coleta ocorre em trechos de mato alto e lixo misturado, o que aumenta os riscos de acidentes e lesões.
A denúncia chamou atenção nas redes sociais e gerou debate entre moradores sobre a valorização e segurança dos trabalhadores que atuam na limpeza urbana. Esses profissionais são responsáveis por manter ruas, calçadas e espaços públicos limpos, evitando acúmulo de lixo que pode causar enchentes, proliferação de doenças e impacto ambiental.
Em nota, a Prefeitura de Cidade Ocidental, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana, informou que o servidor citado recebeu todos os materiais de proteção individual e insumos necessários, como luvas, saco de lixo e espeto.
Segundo a administração, o trabalhador possui registro de um laudo médico, emitido em 2022, que o declara apto para o trabalho. No dia do ocorrido, o funcionário foi levado ao local por veículo, iniciou as atividades às 8h30, após o café da manhã oferecido à equipe, e às 10h, quando o coordenador verificou o serviço, constatou-se que o servidor já havia abandonado o posto de trabalho.
A prefeitura ainda afirma que a área mostrada no vídeo não correspondia à atividade designada. “Conforme o próprio registro, a tarefa atribuída era na margem da pista, já roçada. Entretanto, para gravar a denúncia, os servidores entraram em trecho de mato alto”, explicou a gestão.
O comunicado ressalta que o não cumprimento das funções prejudica a qualidade da limpeza urbana e sobrecarrega os colegas que cumprem regularmente suas obrigações. A prefeitura reafirma que respeita todos os direitos trabalhistas e legais, incluindo afastamentos médicos quando há comprovação, e mantém compromisso com a transparência e a prestação de serviços de qualidade para a população.