Cerca de 50 vigilantes foram desligados da Empresa 5 Estrelas, responsável pela segurança do Hospital de Base de Brasília, o maior da capital federal. Entre os trabalhadores afetados, há profissionais que não tiravam férias há quatro anos.

O Sindicato dos Vigilantes, está atuando contra as demissões. Segundo relatos de funcionários, a empresa teria trazido vigilantes de outros locais para substituir os demitidos, estratégia que teria sido usada para reduzir a adesão a uma paralisação, na semana passada.

Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), responsável pela empresa terceirizada, informou que contestou os desligamentos desde o início. Segundo o instituto, foram emitidos 20 avisos prévios e dois casos foram revistos. A empresa alega que as demissões seguiram critérios funcionais, com base em análise comportamental, trocando trabalhadores que não atendiam ao perfil exigido.

O IGES-DF ainda ressaltou que não houve impacto negativo no atendimento aos usuários e que os contratos de limpeza, brigada de incêndio e segurança são geridos por empresas prestadoras de serviço, que são responsáveis pelas contratações e desligamentos. O instituto afirmou manter compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento dos contratos, garantindo segurança e regularidade das atividades.

Em vídeo gravado por funcionários, uma das vigilantes demitidas expressou indignação: relatou trabalhar há quatro anos sem férias e descreveu situações difíceis enfrentadas durante os plantões, incluindo perdas de pacientes na UTI durante a pandemia da Covid-19. Ela afirmou que nunca recebeu nenhum pagamento adicional e pediu que colegas lutem pelos direitos de todos.