Black Friday exige atenção redobrada dos consumidores do Entorno
18 novembro 2025 às 12h33

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A Black Friday é um dia de grandes promoções no comércio, quando lojas físicas e online reduzem preços e atraem consumidores em busca de descontos. Mas, junto com as oportunidades, também surgem riscos de golpes e falsas ofertas.
O economista Bruno Paixão, especialista em economia do Ibmec Brasília, explicou em uma entrevista ao Jornal Opção Entorno, que o ideal é agir com calma antes de comprar. Segundo ele, é importante esperar 24 horas antes de fechar a compra para ter certeza de que o produto é realmente necessário. Ele reforça ainda que é preciso pesquisar o histórico de preços, checar a reputação da loja e considerar todos os custos envolvidos, como frete e possíveis manutenções. Além disso, as compras devem ser feitas apenas em sites seguros e desconfiar sempre de valores muito abaixo do normal.
Para quem está com o nome negativado, o economista orienta que o foco mude para o essencial. As prioridades devem ser despesas básicas como aluguel, água, luz e alimentação. Depois disso, as dívidas com bens em garantia, como carros ou imóveis. Somente após essas etapas é que vêm as dívidas que crescem mais rápido, como cartão de crédito e cheque especial.
Quando o assunto é organização financeira, Paixão lembra que o ideal é usar a renda de forma equilibrada: 50% para gastos fixos, 30% para desejos pessoais e 20% para dívidas ou investimentos. Sobre o décimo terceiro, ele explica que, para quem tem dívidas, o melhor é usar todo o valor para quitá-las. Para quem está com as contas em dia, guardar entre 50% e 70% ajuda a enfrentar despesas de início de ano, deixando uma parte menor para presentes, sempre evitando parcelas altas.
Moradora de Santo Antônio do Descoberto, Maria dos Santos, 42 anos, conta que já passou por uma situação de engano durante uma compra. “Vi uma etiqueta colada em cima da outra numa loja e, achando que era promoção, comprei. Quando cheguei em casa e retirei a etiqueta de cima, percebi que o preço antigo era menor do que o valor que paguei. Voltei na loja e mostrei a etiqueta, dizendo que iria denunciar se não me dessem o desconto de 55% que estava anunciado. Eles acabaram me dando um desconto maior e ainda ofereceram um brinde. Se eu não tivesse conferido, teria pago bem mais caro.”
O gerente de fiscalização do Procon Goiás, Antonísio Teixeira, afirmou a nossa reportagem, que as equipes estarão nas ruas acompanhando o comércio durante a Black Friday, como também fazem em outros períodos do ano. Ele explica que a Lei nº 19.607 determina que as empresas devem manter o registro do menor preço do produto pelos últimos 12 meses, para evitar propaganda enganosa. Segundo Teixeira, caso seja constatada alguma irregularidade, as lojas podem ser autuadas.
As denúncias podem ser feitas pelo portal Expresso ou pelo número 151, canais oficiais do Procon Goiás para atendimento ao consumidor.
