Receita do DF apreende cargas milionárias e intensifica combate à sonegação fiscal

A Receita do Distrito Federal intensificou, entre os dias 23 e 25 de maio, uma grande operação de combate à sonegação fiscal. Auditores saíram às ruas, inclusive durante a madrugada e no fim de semana, para impedir o transporte de mercadorias sem nota fiscal ou com documentos irregulares. A ação surpreendeu transportadores que tentavam burlar a fiscalização. “Nosso trabalho é 24 horas, sete dias por semana. Não damos trégua para quem tenta burlar a lei”, afirmou um dos auditores envolvidos na operação.

A fiscalização resultou em diversas apreensões relevantes. Somente na BR-060, duas carretas foram interceptadas na madrugada do dia 24: uma transportava 13 mil caixas de gazes hospitalares e outra, 96 mil latas de cerveja. Ambas apresentavam notas fiscais inidôneas. O valor total das mercadorias ultrapassou R$ 1,2 milhão, e as autuações — somando impostos e multas — chegaram a R$ 470 mil.

Na BR-020, outra carreta foi flagrada com 25 toneladas de produtos de utilidade doméstica, como materiais elétricos e bebidas, também com documentação irregular. A carga, avaliada em R$ 700 mil, gerou quase R$ 300 mil em tributos e penalidades. “Quem tenta enganar o fisco deve saber que a Receita está atenta. Nosso trabalho protege quem age dentro da lei e garante recursos essenciais para saúde, educação e infraestrutura”, afirmou o subsecretário da Receita, Leonardo Lopes Cançado.

Outras cargas também foram retidas, incluindo 60 toneladas de açúcar e 17 mil quilos de linguiça, ambas com indícios de irregularidades fiscais. No total, a operação gerou um crédito tributário — valor que será cobrado dos responsáveis — superior a R$ 1,1 milhão.

Balanço da operação:

• Mais de R$ 2,4 milhões em mercadorias irregulares apreendidas;
• Quase R$ 950 mil em impostos e multas aplicadas;
• Outras cargas, avaliadas em R$ 470 mil, ainda estão sob investigação.

Durante vistorias em transportadoras, os auditores também identificaram materiais odontológicos, calçados e suplementos alimentares com notas fiscais consideradas inidôneas. Para o secretário de Economia do DF, Ney Ferraz, as ações reforçam o compromisso do governo com a justiça fiscal. “A Secretaria de Economia não mede esforços para garantir que todos cumpram suas obrigações. A sonegação prejudica quem atua corretamente e reduz os recursos que deveriam beneficiar a população”, declarou.