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Segundo o secretário e policial penal Daglyson Zamith, os detentos selecionados para participar do programa passam por uma rigorosa triagem. “Essa escolha envolve médicos, psicólogos, assistentes sociais e chefes de segurança, que avaliam critérios como bom comportamento, tempo de pena cumprido e o histórico do interno. Além disso, eles passam por treinamento diário no presídio antes de integrarem as equipes de trabalho”, explicou o secretário.

Atualmente, 20 internos atuam em ações de limpeza, roçagem e pintura de meio-fios, com o apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura. Essas atividades, que marcam o início do programa, têm como foco revitalizar a imagem da cidade. “Estamos empenhados em melhorar a organização do município, mostrando que essas pessoas podem contribuir positivamente com a comunidade”, afirmou Zamith.

Segundo Daglyson Zamith, os detentos passam por treinamento diário antes de integrarem as equipes de trabalho

O programa prevê ainda a utilização de mão de obra especializada dos detentos em obras mais complexas, como reformas de prédios públicos e a construção de uma fábrica de bloquetes. Financiada pelo deputado André do Premium (Avante), essa fábrica produzirá materiais essenciais para a pavimentação urbana e capacitará os internos em áreas como construção civil e produção industrial.

Inserção social em foco

Além do trabalho prático, a Secretaria de Alternativas Penais pretende inaugurar Centros de Inserção Social, que oferecerão suporte jurídico, psicológico e material para internos em regimes aberto e semiaberto. O objetivo é auxiliar na transição para a vida fora do sistema prisional e reduzir a reincidência criminal.

Para garantir a reintegração bem-sucedida, parcerias com instituições como o Senai estão sendo estabelecidas, possibilitando a oferta de cursos de capacitação. “Queremos que esses internos saiam do sistema prisional preparados para construir um futuro diferente. É uma oportunidade para recomeçarem com dignidade”, destacou Zamith.

A proposta, parte da gestão da prefeita Jéssica do Premium (UB) e reflete uma abordagem dupla: atender as necessidades do município e investir em políticas de ressocialização. “O trabalho não é apenas uma forma de contribuir com a cidade, mas um caminho para que essas pessoas possam reescrever suas histórias”, concluiu o secretário.

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