Golpe do boleto reverso resulta em prisões em cinco cidades e no DF

26 junho 2024 às 16h42

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A polícia cumpriu 26 mandados judiciais, resultando na prisão preventiva de 12 indivíduos investigados por estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação, que teve como alvo uma quadrilha especializada no golpe do “boleto reverso”, desarticula uma estrutura criminosa que vinha causando prejuízos significativos a diversas vítimas.
O “boleto reverso” é um golpe sofisticado, que se utiliza da confiança das pessoas para induzi-las a realizar pagamentos em contas falsas. Os criminosos criam boletos que mimetizam boletos bancários legítimos, levando as vítimas a acreditarem que estão efetuando pagamentos devidos. No entanto, o valor pago é desviado para a conta dos golpistas.
Organização criminosa estruturada
O caso investigado pela Civil expõe um esquema de fraude complexo, que combinou técnicas de manipulação material e engenharia social para desviar R$ 100 mil. A quadrilha, estruturada em três níveis – aplicadores, intermediários e beneficiários –, agia de forma coordenada. A fraude material se manifestava na adulteração de boletos bancários, com a alteração do código de barras.
A utilização de comprovantes de pagamento falsos, atribuídos à dona de uma lotérica, reforçava a legitimidade das transações fraudulentas, contribuindo para enganar as vítimas e dificultar a identificação do crime. A investigação constatou 50 transações direcionadas para 10 contas diferentes. Se condenados, os envolvidos podem ter penas de até 21 anos de reclusão. Três dos criminosos do bando seguem foragidos.