Moradora de Águas Lindas perde R$ 20 mil em golpe virtual; suspeito é preso em operação da Polícia Civil
Francisco Neto
28 julho 2025 às 11h28
COMPARTILHAR
A Polícia Civil cumpriu 11 mandados judiciais — sendo uma prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão — em uma operação deflagrada na última quarta-feira (24) contra um grupo criminoso especializado no golpe do falso intermediário. A ação contou com apoio de equipes da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso e foi realizada nas cidades de Rondonópolis, Várzea Grande e Cuiabá.
Segundo a 17ª Delegacia Regional de Polícia, sediada em Águas Lindas de Goiás, uma moradora da cidade perdeu R$ 20 mil após cair no golpe ao tentar comprar um carro anunciado em uma plataforma de vendas online. A vítima acreditava estar negociando diretamente com o proprietário do veículo, mas foi induzida a transferir o valor para os golpistas.
“O grupo atuava com núcleos bem definidos. Identificamos quem mantinha contato direto com a vítima, o chamado aplicador telemático, e também os responsáveis por movimentar e distribuir o dinheiro entre várias contas, conhecidos como núcleo financeiro”, explicou o delegado Freitas Júnior, responsável pela investigação.
De acordo com o delegado, o suspeito que se passou pelo vendedor já tinha diversas passagens por estelionato, roubo e participação em organização criminosa. Para dificultar o rastreamento, ele utilizava múltiplos chips de celular e mantinha práticas para preservar o anonimato.
“O aplicador telemático já era conhecido das autoridades e, mais uma vez, conseguiu enganar uma vítima. Felizmente, conseguimos localizá-lo e identificar outros envolvidos no esquema. A prisão preventiva foi decretada devido à gravidade dos crimes e à reincidência do investigado”, afirmou Freitas Júnior ao Jornal Opção Entorno.
Com a apreensão de materiais durante a operação, a Polícia Civil agora analisa as provas coletadas. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias. Os investigados poderão ser indiciados por estelionato qualificado por fraude eletrônica, crime cuja pena pode chegar a oito anos de prisão.