A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu, na terça-feira (14/10), quatro mandados de prisão temporária em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, além de medidas de busca e apreensão, bloqueio de ativos financeiros e sequestro de bens. As ações fazem parte da Operação Rastreio Falso, que investiga fraudes envolvendo Guias de Trânsito Animal (GTAs) e cadastros falsos de bovinos.

O servidor público, lotado em Luziânia, foi preso após denúncias da própria Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que identificou, em auditoria interna, manipulações de informações no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). O objetivo do funcionário era acobertar movimentações fictícias de gado, resultando no desvio de R$ 100 mil.

Segundo a Agrodefesa, não houve invasão ao sistema. “O Sidago segue seguro, auditado continuamente para prevenir fraudes. O produtor rural nunca deve compartilhar sua senha, que é fundamental para a proteção das informações da sua atividade”, afirmou a agência.

As investigações apontam que as irregularidades ocorreram em menos de um mês, envolvendo o servidor e um corretor de gado já investigado por fraudes e preso na segunda fase da Operação Paper Ox, deflagrada em julho de 2025.

A Agrodefesa informou que continua colaborando com a PCGO, acompanhando o andamento da investigação. “Confiamos que todos os fatos serão apurados e, comprovadas as irregularidades, os responsáveis serão punidos”, disse a agência.

A Operação Rastreio Falso é a terceira ação da Delegacia Especializada no Repressão a Crimes Contra Relações de Consumo e Fraudes (DERCR) em um ano contra esquemas fraudulentos no meio rural em Goiás. Em abril de 2024, ocorreu a Operação Paper Ox; em julho de 2025, a Paper Ox II; agora, a nova ofensiva reforça o compromisso da polícia no combate a fraudes envolvendo GTAs e notas fiscais inidôneas.

A identidade dos presos ainda não foi divulgada, e o servidor investigado já havia sido exonerado antes do início das ações da PCGO.