Goiânia e outros oito municípios devem instalar 564 câmeras de monitoramento neste ano. A estratégia faz parte do Programa de Cidades Inteligentes, da Secretaria-Geral do Governo (SGG). Os equipamentos são capazes de realizar reconhecimento fácil, seja de desaparecidos até procurados pela Justiça, além de leitura de placas de veículos.

Além da capital, que terá 22 câmeras na Região da 44, a cidade de Goiás receberá outras 43 unidades para transformar o município histórico em uma cidade inteligente modelo. Cidades no entorno do Distrito Federal também devem receber 331 equipamentos de monitoramento, incluindo Águas Lindas de Goiás, Formosa, Luziânia, Planaltina, Cidade Ocidental, Valparaíso e Santo Antônio do Descoberto.

Para Renato Lyra, subsecretario de Energia, Telecomunicações e Cidades Inteligentes (SETC), que faz parte da SGG, as câmeras são importantes, mas a comunicação é vital. “Existem diversos projetos de videomonitoramento no país, mas faltam a eles comunicação. No projeto desenvolvido pelo Governo de Goiás, todas as cidades estarão integradas no mesmo sistema”, destacou.

Por isso, as câmeras de vigilância terão conexão via fibra óptica para garantir a transmissão das informações com velocidade e segurança. Ao mesmo tempo, ainda serão instalados quatro Centros Integrados de Inteligência, Comando e Controle (CIICC). A previsão é de que o processo licitatório para o projeto ocorra neste primeiro semestre. Com essas características, há possibilidade de comunicação em tempo real e integração entre as cidades.

“O sistema é capaz de comparar a face filmada com o banco de dados de pessoas procuradas pela polícia, seja criminosos foragidos ou alguém desaparecido. Então, se você não for procurado, o sistema só irá reconhecer características físicas, sem fazer nenhum tipo de busca. (…) Então, se uma pessoa desaparecer em Planaltina, a polícia irá saber, ao acessar o sistema, se essa pessoa passou em frente a uma câmera em Formosa, por exemplo”, explicou Lyra.

Ou seja, a iniciativa ainda garante que há proteção sem colocar em risco a privacidade das pessoas que circulam pelas cidades. (Fabrício Vera)