Prefeito explica como vai funcionar taxa que turista deverá pagar em Alto Paraíso de Goiás
05 abril 2024 às 14h33
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A cidade de Alto Paraíso de Goiás, que faz parte da RIDE, é um dos municípios buscados pelos turistas que desejam visitar a Chapada dos Veadeiros. Agora, uma lei aprovada no final do ano passado, na Câmara Municipal da cidade, vai exigir que os visitantes paguem uma taxa para poder acessar os pontos turísticos, que são privados.
Em entrevista ao Jornal Opção, o prefeito de Alto Paraíso de Goiás, Marcus Adilson Rinco (União Brasil), disse que não é uma taxa de turismo, mas de conservação ambiental.
“Alto Paraíso recebe um fluxo imenso de turistas, principalmente nos finais de semana, feriados e em alta temporada. Eles deixam um rastro positivo no setor econômico, mas também tem uma parte negativa, porque aumenta a produção de lixo, atendimento no hospital, conservação das estradas, aumenta demais o gasto com energia elétrica e a gente passa a ter problemas de muita oscilação. Então, nós instituímos a lei, que tem esse propósito de minimizar os problemas ambientais causados pelo alto fluxo de turistas”, explicou.
A taxa vai ser colhida com um aplicativo da prefeitura por QR Code. O turista recolhe e precisa apresentar nos lugares onde for. O prefeito disse que tem dialogado com as pousadas e os atrativos para cobrarem a comprovação do pagamento.
“A gente pede que eles tenham a consciência e nos dê esse crédito de confiança que a taxa vai ser muito bem utilizada em benefício de todos nós, tanto do cidadão de Alto Paraíso, quanto do turista que vai nos visitar”, disse.
O imposto cobrado será no valor de R$ 20 por pessoa e dá direito ao turista de permanecer no município até sete dias. “Nós também somos turistas em outros lugares. Diante do movimento e da despesa, é um valor irrisório. A gente tem plena certeza que não vai interferir em nada o fluxo de turista. Ele não vai deixar de ir em um lugar daquele, com aquelas maravilhas, por causa de R$ 20. Por exemplo, a maioria dos atrativos cobra mais de R$ 50 por dia, então não seria por causa de 20 reais que alguém deixaria de ir conhecer”, projetou.
O não pagamento da taxa prevê uma multa, que pode ser aplicada tanto para o CPF turista, quando para o CNPJ do atrativo turístico. O valor é de cerca de R$ 450. Ainda conforme o prefeito, os próximos seis meses serão de adaptação, portanto não haverá aplicação de multa.
“Não vai ser cobrada ainda, mas a nossa fiscalização vai estar presente nas ruas e nos atrativos para fazer o trabalho de conscientização de que realmente nós precisamos da taxa para o desenvolvimento do município. A lei permite que a multa seja encaminhada para a proteção de crédito, do Serasa, SPC, enfim, na dívida ativa para que a gente possa fazer a coisa valer mesmo”, destacou. (Júnior Kamenach)