Com essa medida, a prefeitura está autorizada a solicitar apoio financeiro do Governo Federal para iniciativas de assistência humanitária. Entre os auxílios disponíveis estão a aquisição de cestas básicas, fornecimento de água potável, refeições para equipes de trabalho e voluntários, além da distribuição de kits de limpeza, higiene pessoal e dormitório.

O prefeito de Planaltina, Cristiomário Medeiros (PP), destacou a importância da decisão pelas dificuldades enfrentadas pelo município para lidar com os danos causados pelas chuvas. “Apresentamos diversas documentações relacionadas à situação da cidade, incluindo projetos encaminhados e um levantamento detalhado dos gastos realizados nesse período. Enfrentamos grandes dificuldades para lidar com essa situação sozinhos”, afirmou.

Segundo o gestor municipal, a prefeitura já tomou medidas para buscar apoio federal. “Ontem mesmo, enviei um ofício solicitando a visita técnica da Defesa Civil Nacional a Planaltina de Goiás, para que possam avaliar a situação de perto”, informou.

Ele completou: “Nosso objetivo é garantir recursos para obras de infraestrutura, aquisição de materiais e equipamentos essenciais para a reconstrução da cidade, especialmente nas áreas afetadas pelas chuvas e erosões”.

Foram feitas obras paliativas de contenção e já há um acordo para que o estado intervenha na área

O prefeito ressaltou, ainda, que um dos pontos mais críticos é a erosão na região da 12 do Setor Oeste. “Já realizamos obras paliativas de contenção e temos um acordo com o estado para intervir na área”, explicou. “Atualmente, há um contrato válido para a elaboração de um projeto, que deve ser entregue em até 60 dias. Após isso, encaminharemos o projeto para a Goinfra, conforme acordado com o Estado de Goiás, que deverá assumir parte da obra”.

Cristiomário recebeu a visita oficial da Saneago: “Assim que o projeto técnico estiver pronto, enviaremos à Goinfra, para que o estado possa nos ajudar na execução da obra”

Outras áreas atingidas por erosões também dependem de recursos federais para recuperação. “Além da 12 do Setor Oeste, temos problemas graves em outras regiões, como no Parque da Gávea e na parte alta da cidade. Estamos buscando soluções para minimizar os impactos”, declarou Cristiomário. “Paralelamente, a prefeitura realizará licitações para obras de drenagem na parte alta da cidade, reduzindo o volume de água que desce e agrava o problema”, acrescentou.

Obtenção do recurso

Cristiomário Medeiros detalhou o processo necessário para a obtenção de recursos ao Jornal Opção Entorno. “Primeiro, solicitamos o reconhecimento da situação de emergência, apresentamos provas, demonstramos os gastos realizados e a insuficiência de recursos próprios para lidar com a crise”, explicou. “Esse trabalho foi conduzido pela Defesa Civil Municipal, com apoio de diversas secretarias, abrangendo os impactos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social e infraestrutura”.

Apesar do reconhecimento federal, o gestor enfatizou que isso não assegura a liberação imediata de verbas. “É um passo importante, mas não significa que o dinheiro já esteja disponível. Precisamos apresentar projetos e aguardar a liberação dos recursos”, explicou e complementou: “Continuamos avançando na elaboração do projeto técnico da 12 do Setor Oeste e nas obras de combate à erosão no Parque da Gávea e na parte alta da cidade”.

Ele também pontuou a necessidade de apoio estadual. “Assim que o projeto técnico estiver pronto, enviaremos à Goinfra, para que o estado possa nos ajudar na execução da obra, já que seu custo é alto e o município não tem condições de arcar sozinho”, disse.

Muito embora as erosões pareçam estabilizadas, cada nova chuva representa o risco de agravamento, segundo a prefeitura

Por fim, ele reforçou a urgência da situação e a necessidade de suporte contínuo. “O risco permanece, principalmente com a continuidade das chuvas”, alertou. “Ainda que as erosões pareçam estabilizadas, cada nova chuva traz o perigo de agravamento. É isso que estamos demonstrando à Defesa Civil Nacional: que a ameaça é constante e que todas as áreas baixas da cidade apresentam processos erosivos”.

Ele finalizou reiterando que, até o momento, ainda não há liberação de recursos. “O que conseguimos foi o reconhecimento da situação de emergência e a solicitação de uma visita técnica. Mas ainda precisamos apresentar projetos e aguardar uma eventual liberação de verbas”.

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