Bastidores

Por ter dirigido a associação dos municípios do Entorno, o ex-prefeito de Valparaíso conhece todos os prefeitos e problemas da região

O quadro político do Distrito Federal é dos mais curiosos, com uma direita forte tanto para governador quanto para senador e com uma esquerda fraca, desmobilizada.
Ricardo Capelli: o nome da esquerda?
Há quem postule na esquerda que o candidato ideal a governador para enfrentar a direita é Ricardo Cappelli, que, além de assessor de Flavio Dino, quando ministro da Justiça, foi interventor no Distrito Federal, em 2023. Saiu bem avaliado por sua firmeza.
Recentemente, para sentir de perto as agruras dos pobres, Ricardo Capelli decidiu mudar-se, por alguns dias, para a maior favela do país, a Sol Nascente, que fica no Distrito Federal. Ele disse que iria viver como os pobres, sem automóvel e pegando ônibus.
O que Ricardo Capelli realmente quer? Fala-se que pode disputar mandato de deputado federal ou de senador. Entretanto, por não ter um candidato consistente, o PT pode apoiá-lo.
Ricardo Capelli, embora de esquerda, tem um discurso afiado sobre segurança pública, o que pode agradar o eleitorado conservador de Brasília.
Brasília é a capital das surpresas políticas — e o governador Ibaneis Rocha, do MDB, é uma delas. Não era político — se tornou milionário como advogado — e foi eleito e reeleito governador. O mesmo pode ocorrer com Ricardo Capelli? Há quem acredite que sim.
Leandro Grass: ligação com Lula da Silva

A esquerda tem outra opção, o presidente do Iphan, Leandro Grass, do Partido Verde. O presidente Lula da Silva (PT) tem apreço pelo jovem político e, por isso, pode apoiá-lo para governador.
Há quem postule, porém, que, ante a força da direita em Brasília, Leandro Grass pode acabar disputando mandato de deputado federal. Em 2022, ele teve uma votação razoável para governador, e sem contar com 10% da estrutura de Ibaneis Rocha, conhecido, nos bastidores, como Sir Money.
Celina Leão: uma das apostas da direita

Não há favas contadas em política, mas é ou mais ou menos consensual de que, ao assumir o governo, em abril de 2026, a vice-governadora Celina Leão, do pP, se tornará candidata natural a governadora.
A força de Celina Leão vai derivar de ter assumido o governo. Ibaneis Rocha tende a apoiá-la. Assim como o bolsonarismo.
Como a direita tem vários nomes no DF, há a possibilidade de outros nomes entrarem na disputa pelo governo.
Damares Alves: tencionando com Ibaneis e Celina
A senadora Damares Alves, do Republicanos, é cotada para disputar o governo. Sua chapa teria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como candidata a senadora.

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem certa desconfiança em relação a Ibaneis Rocha, por não considerá-lo da direita radical — um bolsonarista afirma que, apesar de criticar o governo do presidente Lula da Silva, eventualmente o governador costuma “passa pano” para a esquerda —, mas pode acabar apoiando-o. Desde que Ibaneis Rocha (com Celina Leão) construa a estrutura adequada — política e financeira — para alavancar a candidatura de Michelle Bolsonaro ao Senado.
Atribui-se a Jair Bolsonaro o fato de Damares Alves ter aparecido como “pré-candidata” a governadora. Seria uma forma de tencionar com Ibaneis Rocha, mas sem necessariamente descartá-lo.
Izalci Lucas: possível candidato do PL

No caminho de Celina Leão há uma pedra, não se sabe se irremovível, chamada Izalci Lucas. O senador, filiado ao PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, sonha com a disputa para o governo. Até por considerar a vice-governadora uma candidata sem muita consistência eleitoral.
O engenheiro José Roberto Arruda está dizendo aos amigos e aliados que não planeja disputar o governo. O ex-governador poderá apoiar José Humberto Pires de Araújo, o Pezão, um dos secretários mais influentes da gestão de Ibaneis Rocha.

Há quem postule que, na verdade, Pezão é uma espécie de primeiro-ministro do Distrito Federal. Ele é quem efetivamente opera a máquina pública na capital. Mas, politicamente, depende da força e da estrutura de Ibaneis.
Comenta-se que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, está de olho grande em Brasília. Por isso, poderá lançar um candidato na capital, sobretudo para demarcar posição e fortalecer o partido localmente para disputas futuras.
Filiada ao Cidadania, Paula Belmonte estaria sendo sondada pelo União Brasil para disputar o governo. Mas há quem aposte que ela será candidata a deputada federal.

A deputada federal Bia Kicis, do PL, sonha com uma vaga no Senado. Gostaria de ser parceira de Michelle Bolsonaro na disputa. A pedra no seu caminho é Ibaneis Rocha.
Um jornalista de Brasília disse ao Jornal Opção que qualquer avaliação do quadro político de Brasília tem de levar em consideração a força do eleitorado evangélico e a força da direita política. (Euler de França Belém — E-mail: [email protected])
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