A Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, será palco de apresentações artísticas gratuitas que abordam temas como diversidade, inclusão e convivência no espaço público. Os espetáculos ocorrem neste sábado (2) e domingo (3), às 11h e às 14h, na Plataforma 1, próxima à Pastelaria Viçosa.

As performances integram o projeto Residência Artística seRparAção – políticas do dançar e da iMpertinência, dirigido pelo professor e coreógrafo Camillo Vacalebre. A iniciativa é resultado de nove encontros formativos com participantes de diferentes origens, corpos e vivências.

Inspiradas na prática “Políticas do Dançar”, do artista norte-americano Ishmael Houston-Jones, as apresentações tratam de temas como racismo, capacitismo, gordofobia, transfobia, etarismo e colonialismo, propondo um olhar crítico sobre formas de exclusão e resistência presentes no cotidiano.

De acordo com os organizadores, o objetivo é provocar reflexões a partir da arte como instrumento de diálogo e expressão. As intervenções dialogam com o ambiente da rodoviária, criando momentos de escuta e presença em meio ao intenso fluxo diário de cerca de 700 mil pessoas.

A iniciativa tem o apoio da Concessionária Catedral, responsável pela gestão do terminal. Em nota, a empresa destacou que ações como essa integram um ciclo contínuo de atenção ao bem-estar dos usuários. “A rodoviária é um ponto de encontro simbólico da cidade. Abrir esse espaço para manifestações culturais é uma forma de torná-la mais humana, acolhedora e plural”, afirmou o diretor da concessionária, Enrico Capecci.

Além das atividades culturais, a rodoviária mantém projetos voltados ao cuidado com os frequentadores. Um dos destaques é o Cantinho do Desabafo, que funciona às terças e quintas-feiras, das 14h às 17h, oferecendo escuta qualificada com atendimento gratuito feito por voluntários. A ação é uma parceria com o Projeto HELP – Não te julgo, te ajudo, e tem como foco o acolhimento emocional e a prevenção de quadros como depressão, ansiedade e suicídio.

Outro projeto de destaque é a sala multissensorial, inaugurada em junho deste ano, destinada ao acolhimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências. Inspirado em modelo semelhante implantado no Aeroporto de Congonhas, o espaço oferece um ambiente mais calmo e adaptado à rotina agitada do terminal.