Uma das principais festividades religiosas do calendário goiano, as Cavalhadas estão acontecendo em 15 cidades de Goiás ao longo do ano. O município de Pirenópolis, em especial, que faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), é palco dessa tradição há 198 anos, motivo que levou o deputado federal Zacharias Calil a solicitar uma sessão especial na Câmara dos Deputados em homenagem a essa importante festa.

O evento contou com a presença da titular da Secretaria de Estado do Entorno do Distrito Federal (SEDF-GO), Caroline Fleury, representando o governador Ronaldo Caiado (UB); o pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis, padre Augusto Gonçalves; o secretário de Cultura do município, Ronaldo Félix; e o “Imperador das Cavalhadas 2024”, Eustak Figueiredo, além de várias pessoas trajadas com figurinos típicos.

Eustak Figueiredo, morador de Pirenópolis, é o Imperador das Cavalhadas 2024 (Foto: Divulgação)

Uma festa pelo povo e para o povo

Em seu discurso na Câmara, Ronaldo Félix enfatizou que essa antiga tradição, tão enraizada em várias cidades goianas, é uma festa pelo povo e para o povo, que não acontece somente por conta da atuação do poder público. “É uma junção das pessoas que fazem a Festa do Divino, da qual as Cavalhadas são umas das principais expressões”, esclareceu, acrescentando que o evento é, desde 2010, patrimônio imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo, agora, é que a festa seja reconhecida como patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Participantes das Cavalhadas em trajes típicos (Foto: Divulgação)

O padre Augusto Gonçalves, por sua vez, fez um agradecimento à iniciativa de se homenagear essa tradição popular e religiosa. “As Cavalhadas manifestam a beleza da fé, a importância da história, a singeleza da cultura e o valor das tradições populares, preservando e perpetuando, ao longo dos séculos, os valores da fé, história e cultura para as novas gerações”, salientou.

Já Caroline Fleury contou que as Cavalhadas sempre fizeram parte de sua vida, por ter crescido em Corumbá, cidade vizinha a Pirenópolis que também promove a festa. “A valorização da cultura é muito importante para o nosso povo e as Cavalhadas devem mesmo ser um patrimônio imaterial da humanidade”, defendeu. “Para isso, precisamos interiorizar, respeitar e continuar com as tradições”, finalizou.

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