Valparaíso terá ciclovia, transporte mais barato e fim das enchentes, diz prefeito

12 junho 2025 às 11h20

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Entre os diversos temas abordados, a mobilidade urbana foi um dos principais focos. O prefeito destacou a realidade enfrentada pelos moradores, que dependem do transporte coletivo e de serviços de transporte por aplicativo. Valparaíso, com 30 anos de existência e uma população de 196.967 habitantes, segundo o Censo do IBGE de 2022, ainda não conta com ciclovias ou iniciativas consolidadas de promoção da mobilidade sustentável.
“Nesses seis primeiros meses de governo, já anunciamos a construção de 15 mil metros de calçadas, calçadas que vão desde o bairro São Bernardo até o Marajó e Santa Rita, que vão receber uma parte desse recurso também”, afirmou.
O prefeito também anunciou uma importante obra voltada aos ciclistas, com previsão de entrega em 45 dias e orçamento estimado em cerca de R$ 2 milhões. “Hoje estamos fazendo um grande anúncio que é a primeira ciclovia da região. Valparaíso inicia uma obra importante para que a gente possa executar seis quilômetros de ciclovia dentro do bairro Valparaíso I, que vai ligar desde o departamento de trânsito até a Etapa E, e voltando pelo outro lado até ligar ao departamento de trânsito de novo”.
Além disso, Marcus Vinícius destacou o recém-lançado programa Vai de Val, que oferece transporte público com tarifa quase 50% menor do que a praticada anteriormente por cooperativas e transporte alternativo irregular.

Como parte da reestruturação do trânsito, o prefeito anunciou um amplo projeto de sinalização viária, que inclui pintura de faixas e sinalizações horizontal e vertical. “São sinalizações principalmente próximas a equipamentos públicos, como praças, escolas, postos de saúde, hospital, fazendo com que a gente tenha uma cidade mais sinalizada. A gente precisa também fazer a parte de recapeamento. Nós estamos na iminência de dar ordem de serviço em duas importantes grandes obras, que é o bairro de Santa Rita e Marajó e também a terceira etapa, o Cruzeiro do Sul”, explicou.
Combate às enchentes
O bairro Anhanguera, historicamente afetado por enchentes, será contemplado com uma grande obra no valor de R$ 85 milhões. A iniciativa prevê a construção de calçadas, 27 mil pontos de esgoto, drenagem e recapeamento.
“Vai transformar, sem dúvida nenhuma, o bairro Anhanguera. A enchente que acometia muito o bairro Anhanguera, nós resolvemos uma parte, executando a obra através de um consórcio. E agora, com a execução desse novo projeto, nós vamos resolver 100% o bairro Anhanguera, que não terá mais nenhum tipo de enchente, não contará mais com esgoto correndo no meio da rua, como sempre aconteceu nos últimos 20 anos no bairro, que cresceu sem planejamento”, afirmou o prefeito.
Segundo ele, o bairro apresenta um dos maiores adensamentos populacionais do país. “Tem uma rua no bairro Anhanguera que tem 15 mil pessoas morando, sem infraestrutura: sem esgoto, sem drenagem, com asfalto frio, cheio de buracos, sem áreas para mobilidade. Nós estamos aqui agora para corrigir esse problema e entregar mais qualidade de vida e dignidade para as pessoas”.

Erosões preocupam moradores
Além da erosão às margens da BR-040, conhecida como Voçoroca — existente há mais de 20 anos —, outras três erosões preocupam os moradores de Valparaíso. O prefeito reconheceu a gravidade da situação e afirmou que todas estão sendo monitoradas e receberão intervenções.
“A erosão da Voçoroca, colada à BR-040, o DNIT já fez o compromisso, já está sinalizado o início da obra nas próximas semanas. A erosão próxima do Atacadão Costa, iniciamos uma parte, fazendo a recomposição inclusive de terra, e agora, em uma expectativa de firmamento, teve justamente conduta com os proprietários da área, porque também está em uma área particular, aguardando que a gente possa em breve resolver esse problema. A outra erosão, que é uma erosão também que chama a atenção no final do Valparaíso II, nós já estamos com a licitação aberta para poder executar uma escada hidráulica e fazer a recomposição de terra”, detalhou.
Sobre a quarta erosão, localizada no bairro Ipiranga, o prefeito explicou que a responsabilidade foi assumida pelo Governo do Distrito Federal por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Essa o Governo do Distrito Federal já assumiu, através de um termo de ajustamento de conduta (TAC), a responsabilização, onde ele está executando uma obra de duas grandes bacias de detenção e deve também, nas próximas semanas, fazer a recomposição do solo na área dessa erosão. Isso vai fazer com que, possivelmente até o meio do ano que vem, a gente já tenha essas quatro erosões, pelo menos parcialmente resolvidas”, assegurou.