O que era para ser um momento de celebração entre pais e alunos terminou em confusão e agressões em uma festa junina promovida por um colégio particular no Distrito Federal. Douglas Filipe Parisio Lima, de 41 anos, pai de um estudante da instituição, foi detido pela Polícia Militar após agredir uma criança e dar um tapa no rosto de uma policial civil que tentava conter a situação.

Segundo o boletim de ocorrência, o episódio teve início quando o filho de Douglas se desentendeu com outro aluno enquanto estavam no palco do evento. Testemunhas afirmam que, ao presenciar a situação, o pai invadiu o espaço, agarrou o outro menino e o derrubou no chão. Durante a intervenção de uma agente da Polícia Civil do DF (PCDF), que participava da festa como mãe de aluno e atuava voluntariamente na segurança, o homem a empurrou e a agrediu com um tapa no rosto.

Após o tumulto, Douglas foi contido por outras pessoas e preso em flagrante pela PM. Ele foi encaminhado à central de flagrantes da 8ª Delegacia de Polícia (SIA) e deve responder por lesão corporal, desacato e resistência.

A criança agredida foi levada para atendimento médico e apresentou escoriações no joelho e hematomas no tórax. A policial civil também prestou depoimento e formalizou a denúncia.

Posicionamento da escola

Em nota, o Colégio Liceu declarou estar “profundamente triste e indignado” com o ocorrido. A instituição informou que acionou imediatamente a Polícia Militar, acompanhou a condução do agressor pelas autoridades e decidiu pelo desligamento da família de Douglas.

A escola destacou ainda que adotará medidas adicionais de segurança, como a contratação de vigilância exclusiva para o bloco da Educação Infantil, a fim de garantir tranquilidade às famílias e proteger os alunos.

Versão da defesa

A defesa de Douglas Parisio afirmou que o pai agiu de forma emocional ao presenciar o que seria mais um episódio de agressão contra seu filho, que, segundo relatos da família, vem sofrendo bullying recorrente desde o início do ano letivo.

De acordo com a advogada, no momento da confusão, Douglas teria visto o outro aluno enfiar o dedo no olho de seu filho, sem intervenção da equipe da escola, o que o levou a perder o controle. Em nota, a defesa reconheceu que o pai errou na forma como reagiu e informou que ele está arrependido, triste, envergonhado e à disposição das autoridades. A defesa também pediu desculpas públicas à criança e à família envolvida.

A reportagem tentou contato com o pai do menino agredido, mas ele preferiu não se manifestar.

O caso segue sob investigação e deve ser encaminhado à Justiça nos próximos dias. A Polícia Civil também apura se houve omissão ou falha por parte da escola na mediação de conflitos anteriores entre os alunos.