Falta de verbas, de estrutura, mau atendimento, entre outras tantas mazelas, sempre integraram o rol de reclamações da população que depende do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Valparaíso de Goiás a situação não é diferente. Na última quarta-feira (27), uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do município, em funcionamento no bairro Parque Marajó, foi interditada pela Vigilância Sanitária Estadual, impactando diretamente os habitantes do município e de outras cidades que utilizam os serviços da UPA.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES/GO) informa que a interdição se deu após vistoria, “na qual foram verificadas irregularidades que colocavam os pacientes e os trabalhadores da unidade em risco”.

A visita foi realizada a partir de uma manifestação do Ministério Público Estadual. “A unidade está passando por reforma e será liberada assim que as adequações necessárias forem realizadas”, conclui a nota da SES/GO.

Prefeitura dá outra versão

Em seu site, a Prefeitura Municipal de Valparaíso não menciona em nenhum momento as “irregularidades”, dizendo que o fechamento temporário se deu apenas por motivos de “reforma completa em sua estrutura”, com o objetivo de melhorar os serviços à comunidade.

A previsão é que o local volte a funcionar a partir de 31 de outubro. Enquanto isso, a prefeitura orienta a população a procurar cuidados médicos no Centro de Atendimento Integrado de Saúde (CAIS) e no Hospital Municipal de Valparaíso.

Ao ser questionada sobre as irregularidades mencionadas pela Vigilância Sanitária como motivo de interdição da UPA, a Secretaria Municipal de Saúde não se manifestou até o fechamento desta edição. Mas o Jornal Opção Entorno fica aberto ao posicionamento da prefeitura a respeito do tema.

Saiba mais

A UPA do Marajó é uma das três unidades de pronto-socorro disponíveis em Valparaíso, atendendo mais de 10 mil pacientes todos os meses. Usuários do SUS em Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama e até mesmo Brasília costumam acorrer ao local em casos de emergência. Em 27 de abril, as secretarias de Infraestrutura e Saúde haviam assinado uma ordem de serviço para revitalização da unidade, com prazo de execução de nove meses e prazo de entrega em janeiro de 2024. O investimento previsto na obra era de quase R$ 1,8 milhão.