Nesta sexta-feira (24), a partir das 7h, o Instituto Federal de Goiás (IFG), em Luziânia, recebe a 1ª Conferência Municipal de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CMGTES), organizada pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Luziânia em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. O evento integra a primeira etapa em preparação à 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES), prevista para ocorrer de 10 a 13 de dezembro, em Brasília (DF), e idealizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Segundo Wilson Nogueira, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Luziânia, essas conferências, que trazem como tema “Democracia, Trabalho e Educação na Saúde para o Desenvolvimento: Gente que faz o SUS acontecer”, acontecem em quatro fases. “A primeira é municipal, depois vem a etapa regional – que, no nosso caso, envolve o Entorno Sul –, a etapa estadual em Goiânia e, finalmente, a nacional”, explica. “Funciona como uma ‘peneira de ideias’. Os Conselhos de Saúde ouvem os anseios da população e levam as propostas para o município, o estado e a União. Foi assim que surgiram, por exemplo, as UPAs. Pessoas sugeriram e o governo acatou”, detalha.

De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), existem 3 milhões de trabalhadores em exercício no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país; entre eles, 769.203 são técnicos de enfermagem. Quanto ao gênero, 75% desse contingente é formado por mulheres. A ideia, com a conferência em Luziânia, assim como nas conferências seguintes, até culminar no evento nacional, é buscar o reconhecimento, a valorização e capacitação desses profissionais.

Diretrizes e planos de ação

No encontro desta sexta, serão debatidas e formuladas diretrizes e propostas passíveis de serem incluídas nos planos de ação dos gestores e até em programas de governo de campanhas eleitorais. As discussões serão em torno de três eixos temáticos: “Democracia, controle social e o desafio da equidade na gestão participativa do trabalho e da educação em saúde”; “Trabalho digno, decente, seguro, humanizado, equânime e democrático no SUS: uma agenda estratégica para o futuro do Brasil”; e “Educação para o desenvolvimento do trabalho na produção da saúde e do cuidado das pessoas que fazem o SUS acontecer: a saúde a democracia para a democracia da saúde”.

Wilson Nogueira (à esq.): “Do médico ao porteiro e ao servente, a nossa grande luta é em defesa do SUS” (Foto: Divulgação)

“Formamos várias equipes e elas vão discutir esses eixos logo após ouvirem as palestras. A partir disso, diversas propostas serão apresentadas, algumas em nível municipal, outras em nível estadual e, ainda, em nível federal”, esclarece Nogueira, acrescentando que uma das principais reivindicações para o Entorno Sul é o desenvolvimento de uma “Escola de Saúde”, para qualificação e reciclagem de profissionais, incluindo acompanhamento psicológico dos trabalhadores.

Na opinião do presidente do CMS, o poder público via o trabalhador de saúde apenas como alguém que trocava horas de serviço por uma remuneração. “Agora, ele nos enxergou de forma diferenciada, nos dando a oportunidade de, por meio dessas conferências, levarmos nossos anseios, para que nós possamos ter estrutura para cuidar melhor da população”, analisa. E conclui: “Do médico ao porteiro e ao servente, a nossa grande luta é em defesa do SUS, porque esse sistema é o melhor do mundo e ele está aqui no Brasil”.

SERVIÇO

1ª Conferência Municipal de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CMGTES)

Data: 24 de maio

Horário: 7h

Inscrições somente hoje pelo formulário

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