Recorde histórico de 7% de baixa umidade se soma aos incêndios florestais no DF e arredores
12 setembro 2024 às 14h47
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De acordo com o CBMDF, embora a demanda aumente neste período de estiagem, a corporação atua com a operação Verde Vivo. As equipes são compostas por militares, viaturas e equipamentos preparados para atender todas as ocorrências da época.
São 180 bombeiros dedicados especificamente para essa operação, com 43 viaturas equipadas. Vale destacar que a média, nesta época, é de 100 ocorrências por dia. De acordo com dados do CBMDF, de janeiro até agora foram 10.442 registros, e a área atingida é maior que a de 2023.
Para que se tenha ideia, somente na atuação do incêndio ocorrido na Floresta Nacional (Flona), foram a campo 50 militares, uma aeronave e 12 viaturas juntamente com equipes do ICMBio, Resgate de Fauna, Jardim Botânico, Ibram, IBAMA, PMDF e Zoológico de Brasília.
Após a finalização do incêndio, que atingiu cerca de 170,8 hectares, a prioridade passou a ser a proteção das matas de galeria, nascentes, chácaras ao redor do parque e áreas de manejo de fauna.
Parcerias para o monitoramento de áreas
O CBMDF destacou que o projeto SemFogoDF, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Associação GigaCandanga, utiliza câmeras na Torre de TV Digital para monitorar áreas em até 50 km. Imagens de satélite também são empregadas para identificar pontos quentes.
Segundo a Secom da UnB, a redução no tempo de identificação de incêndios representa um avanço significativo nas operações de combate. O projeto inovador é fruto da colaboração entre professores e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB) com a GigaCandanga, uma associação sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento científico e tecnológico, que fornece a infraestrutura de rede de fibra óptica, possibilitando a transmissão ágil e eficiente de dados essenciais para a eficácia na resposta às emergências incendiárias.
As câmeras instaladas na Torre de TV Digital possuem a capacidade de ampliação de imagens em até 30 vezes, transmitindo-as, por meio de uma rede de alta velocidade, para processamento na GigaCandanga, situada no Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru) da UnB, no campus Darcy Ribeiro. Neste local, é aplicada uma tecnologia avançada que analisa os sinais de possíveis incêndios, contribuindo significativamente para a segurança e monitoramento da região.
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