Após repercussão, Junta Comercial suspende efeitos de ato “assinado” por morto

16 outubro 2025 às 16h06

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A Junta Comercial do Distrito Federal determinou liminarmente a suspensão dos efeitos de um documento que oficializou a transferência da Amazônia Inter Turismo, que tem capital social de R$ 2 milhões, sob suspeita de irregularidades.
O ato em questão trazia a assinatura digital do proprietário da empresa, Raimundo José Eustáquio da Conceição, registrada em 16 de outubro de 2024 — um dia após sua morte, ocorrida na madrugada de 15 de outubro em Itapirapuã (GO).
A presidente da Junta Comercial do DF, Raquel Otília de Carvalho, apontou indícios de fraude no uso da assinatura digital vinculada ao CPF do falecido e instaurou um procedimento administrativo para cancelamento do documento. Além disso, ela requisitou esclarecimentos à Polícia Civil, à Receita Federal e ao Gov.BR sobre data, método e local de autenticação do suposto acesso.
A empresa em questão presta serviço de transporte de passageiros entre Planaltina de Goiás, Formosa e o Distrito Federal. O prefeito de Planaltina, Delegado Cristiomário (PP) denunciou o caso à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e à Polícia Civil de Goiás (PCGO), que já abriu inquérito para apurar os fatos.
O espaço segue aberto para manifestações da Amazônia Inter, dos supostos herdeiros ou terceiros envolvidos.
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