Alexânia é detectada na rota do tráfico de cetamina

Com a operação intitulada Rota K020, a Polícia Civil do DF cumpriu 40 mandados judiciais e duas prisões preventivas (sendo quatro temporárias) e mais 18 mandados de busca e apreensão e 16 ordens de bloqueio de contas bancárias e valores. O alvo da operação é uma associação criminosa que movimentou mais de R$ 3,5 milhões com o tráfico de cetamina. 

A cetamina ou quetamina é comercializada com outras denominações como Dopalen e Ketalex, sendo uma medicação de uso veterinário. Quando utilizada em humanos, a substância provoca uma espécie de transe com sedação e efeitos alucinógenos. 

Segundo líder da quadrilha é de Alexânia

O que fechou o foco no município goiano do entorno, foi o fato de que um empresário da localidade seria o segundo na hierarquia da quadrilha de cetamina. O principal investigado é outro empresário do Piauí, dono de uma rede de lojas de produtos agroveterinários, que utilizava seu CNPJ para adquirir a substância na indústria.

A droga entrava no DF via ônibus interestadual, com desembarque na rodoviária do Plano Piloto. Segundo o delegado Erick Sallum, quando a carga chegava, um funcionário da empresa de ônibus se comunicava com o líder do grupo, que mandava buscar a encomenda. Um detalhe para despistar qualquer suspeita é que o produto sempre vinha com nota fiscal falsa e indicação de outros produtos. O delegado frisa que as investigações confirmaram que além do fornecedor de Teresina (Piauí), o traficante de Alexânia (Goiás), também é proprietário de uma loja de produtos veterinários. 

Ainda, de acordo com o delegado, o líder do esquema criminoso tem extensa ficha criminal, mas não havia sido preso devido a arquivamentos, prescrições e extinções de punibilidade. “O criminoso possuía um veículo Mercedes-Benz, bem como imóveis em nomes de terceiros para ocultar seu patrimônio. Também gostava de ostentar nas redes sociais, onde se apresentava em baladas e viagens ao exterior, sendo bastante conhecido pelo seu pseudônimo”, divulgou Sallum.

A investigação da PCDF teve inicio há seis meses e mapeou a rota de tráfico de cetamina entre a capital Teresina, no Piauí e o Distrito Federal. Durante a apuração, uma carga com cerca de 180 frascos foi interceptada, sendo a maior apreensão dessa substância na Capital Federal.