Cidade do Entorno tem a maior reserva de pedras preciosas do mundo

15 dezembro 2023 às 10h16

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O município de Cristalina, em Goiás, localizado a 130km do Distrito Federal, tem a maior reserva de cristais de pedra de todo o mundo, ostentando uma incrível variedade de gemas preciosas. Entre as pedras que podem ser encontradas na cidade, estão ametistas, safiras, esmeraldas, topázios azuis, turmalinas e cristais de diversas cores, formas e tamanhos.
Há, em Cristalina, cerca de 250 artesãos dedicados à lapidação de pedras e fabricação de joias, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Goiás. Adeguimar Arantes, já foi consultora de joias em Cristalina e , desde 1985 se dedica a representar o Cerrado por meio do artesanato, usando metais reciclados e mantendo métodos tradicionais de produção.
Fundadora do projeto Farei Joias, que busca ensinar a arte da joalheria a pessoas de todas as idades e níveis socioeconômicos, Adeguimar um curso à distância estruturado ao redor de aulas semanais e mentorias individuais para os alunos em situação de vulnerabilidade. Os temas vão desde iconografia pessoal, ourivesaria, pedras e gemas brasileiras, até o comércio como alternativa de inclusão produtiva pelo empreendedorismo.
Nascida e criada em Goiás, ela conta que incentiva a associação de gemas e joias ao turismo para que cada vez mais as pessoas se profissionalizem e foquem em “Morar no Hoje”. “O mundo é dinâmico e a economia em suas diversas modalidades também, insistirmos no mesmo padrão não nos permite novas experiências”, explica Adeguimar.

Como informou anteriormente o Jornal Opção, o presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM) e prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (MDB), defendeu na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a redução de 17% para 5% da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de esmeraldas.
Em Cristalina, a Associação de Artesãos, Garimpeiros e Mineradores também tem essa alíquota de 17% dentro do estado e vendendo fora de Goiás 12%, e paga ainda somado a essa 7.6 % de COFINS, segundo informou o presidente da Associação, William Francisco Souto. “Alíquotas, mais em conta, sempre serão interessantes não só para quem vende, mas para toda a cadeia, inclusive para o próprio consumidor. Pode tornar o produto bem atraente se ele tem uma redução. Em especial, em indústria, produtos seriados. Na verdade, esse é um problema de alíquota enfrentado também por Associaçõesque comercializam pos pequenos”, conta William.
Adeguimar lembra também os artesãos, que são aqueles que, quando são artesãos de fato, têm a isenção pelo governo federal. “Então, essa questão de alíquota é uma questão bem extensa, e tem que ver com o interesse de todas as partes portando deve ser discutido e acordado entre elas”, explica a artesã. Segundo ela, sempre houve essa demanda de redução de impostos, desde que há legislações no mundo todo, sempre há essa demanda por redução e da outra parte para o aumento, é recorrente.
Minas Gerais e Bahia praticam taxas de 4% e 5%, respectivamente, para vendas para outros Estados e para exportações. Com isso, Goiás fica sem receber nada por essas transações. O presidente da Comissão de Minas e Energia da Alego, deputado estadual Lineu Olímpio (MDB), disse que esse tema sobre esmeraldas foi discutido na audiência pública, chamada de Minera GO, que aconteceu essa semana. (Giovanna Campos)