Aumento no preço da gasolina pega brasilienses de surpresa

03 julho 2025 às 19h34

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Os brasilienses que precisaram abastecer os veículos nesta quinta-feira (3) se depararam com um aumento no preço dos combustíveis. Em muitos postos do Distrito Federal, a gasolina chegou a R$ 6,89. O reajuste, sem anúncio oficial de alteração nos valores por parte da Petrobras, surpreendeu consumidores e gerou questionamentos.
O deputado distrital Chico Vigilante (PT) encaminhou uma representação ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pedindo a apuração do caso. Segundo o parlamentar, o MP deve adotar medidas junto à Promotoria de Defesa do Consumidor e ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar possíveis práticas irregulares. Caso seja constatada combinação de preços entre distribuidoras, os responsáveis podem ser responsabilizados.
De acordo com a Petrobras, não houve reajuste recente nos preços repassados às distribuidoras. A última alteração anunciada ocorreu no dia 2 de junho, com uma redução de R$ 0,17 no valor médio da gasolina A. Mesmo assim, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF) afirma que as distribuidoras aumentaram os preços de todos os produtos nos últimos dias, sem apresentar justificativas claras para a mudança.
Governo federal também investiga
A situação chamou atenção também na esfera federal. A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou que a Polícia Federal (PF), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) investiguem possíveis práticas anticoncorrenciais nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha.
Na manifestação enviada aos órgãos, o governo aponta indícios de que distribuidores e revendedores não repassaram integralmente aos consumidores as reduções de preços realizadas pelas refinarias entre julho de 2024 e junho de 2025.
Com base em dados do Ministério de Minas e Energia, a análise do governo federal indica que os reajustes para baixo foram apenas parcialmente aplicados nos postos, o que teria gerado uma margem extra de lucro para as empresas e prejuízo aos consumidores.