Luziânia recebe Mostra de Cinema que promove Direitos Humanos nas prisões

15 julho 2025 às 14h10

COMPARTILHAR
As unidades prisionais regionais feminina e masculina de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, recebem nesta semana a 1ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Sistema Prisional, uma iniciativa da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) em parceria com a Polícia Penal de Goiás. O projeto leva curtas-metragens, seguidos de rodas de conversa e dinâmicas, às pessoas privadas de liberdade, com o objetivo de promover o debate sobre cidadania, dignidade e direitos humanos.
A mostra faz parte de uma mobilização nacional que ocorre simultaneamente em 54 unidades prisionais de todo o Brasil, alcançando mais de 5 mil internos. Em Luziânia, as sessões ocorrem na Unidade Prisional Regional Masculina (CIS) nos dias 14 e 15 de julho; já a UPR Feminina recebe as atividades nos dias 16 e 17 de julho. No total, 180 pessoas privadas de liberdade participam da programação – 120 homens e 60 mulheres.
Com o tema “Viver com dignidade é um direito humano”, a Mostra busca fomentar o pensamento crítico e oferecer um espaço de escuta e reflexão dentro do ambiente prisional. A ação está alinhada ao Plano Pena Justa, e conta com a colaboração de diversas instituições, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Ministério das Mulheres, Universidade Federal Fluminense (UFF), Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do programa Fazendo Justiça, e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Além de ser uma iniciativa cultural, a Mostra de Cinema se firma como uma estratégia de fortalecimento da promoção dos direitos humanos no sistema prisional, contribuindo para uma política penal mais humanizada. A presença do debate sobre dignidade e reinserção social nas penitenciárias é um passo fundamental para romper ciclos de violência e exclusão, reforçando que o respeito aos direitos fundamentais deve alcançar todos os cidadãos – inclusive aqueles privados de liberdade.