Caminhoneiros ameaçam parar o país na quinta (04); líder do movimento protocola aviso no Planalto
03 dezembro 2025 às 10h48

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A dois dias da data anunciada para uma paralisação nacional dos caminhoneiros, o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), Chicão Caminhoneiro, esteve nesta terça-feira (2/12) na sede da Presidência da República para protocolar uma ação referente ao movimento marcado para quinta-feira (4/12). A presença de Chicão no Planalto busca dar formalidade ao ato e aumenta a expectativa sobre o alcance da mobilização.
O desembargador aposentado Sebastião Coelho, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhou a entrega do documento. Ele afirmou que oferecerá apoio jurídico ao movimento e disse que novas orientações devem ser divulgadas ainda esta semana.
Segundo Chicão, o projeto que embasa a paralisação foi construído “a várias mãos” e representa, segundo ele, a união de “caminhoneiros, guerreiros, lutadores”. Ele negou motivação política na convocação e pediu que os participantes atuem dentro da lei. “Não podemos impedir o direito de ir e vir das pessoas. Temos que respeitar toda a legislação que é imposta à categoria no sentido de permitir o livre trânsito”, afirmou o representante da UBC em vídeo divulgado nas redes.
Apesar do discurso de legalidade, a presença de Coelho — que, na semana passada, convocou apoiadores de Bolsonaro para protestos em defesa de anistia ao ex-presidente, preso na sede da Polícia Federal — trouxe novo peso político ao episódio. Em seu Instagram, o ex-magistrado tem orientado seguidores sobre como aderir à paralisação e afirma que essa seria “a alternativa que restou”.
A possível greve reacende o alerta de autoridades e setores econômicos, que temem impactos na circulação de mercadorias e no abastecimento caso a mobilização ganhe força.
