Atividades e apoio às mães atípicas no estado e nos municípios do Entorno

24 outubro 2024 às 11h32

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Recentemente, o governador Ronaldo Caiado sancionou a Lei no 23.029/2024, que institui a Política Estadual de Proteção e Atenção às Mães Atípicas, uma iniciativa fundamental para oferecer suporte às mães de crianças com deficiências, síndromes, transtornos e doenças raras. A legislação estabeleceu, entre outras ações, a realização da Semana Estadual das Mães Atípicas, a ser comemorada anualmente na terceira semana de setembro, visando dar visibilidade e apoio a esse grupo frequentemente negligenciado. Os deputados Vivian Naves (PP), Cristiano Galindo (Solidariedade) e Paulo Cezar Martins (PL) são os autores do projeto de lei.
Segundo Vivian Naves, a principal motivação para a criação da política foi oferecer suporte a um grupo de mulheres que, muitas vezes, se sentem invisíveis e sobrecarregadas. “Essas mães enfrentam desafios diários, que vão além do cuidado físico e emocional. A política busca, então, oferecer uma rede de proteção e apoio emocional”, enfatiza. “Ao priorizar o atendimento psicológico e psiquiátrico, especialmente para aquelas de baixa renda, o objetivo é promover a inclusão social e melhorar a qualidade de vida delas e de suas famílias”, pontua.
A parlamentar também cita o planejamento de campanhas de conscientização para sensibilizar a sociedade sobre a importância de apoiar as mães atípicas. “Profissionais da saúde e assistência social receberão capacitação para oferecer um atendimento adequado e humanizado”, esclarece.

Grupos de apoio, tanto presenciais quanto virtuais, serão incentivados para que as mães possam compartilhar experiências e encontrar conforto em uma rede de acolhimento. A deputada ressaltou, ainda, a importância de parcerias com universidades e organizações da sociedade civil, para promover pesquisas e programas focados na saúde mental dessas mulheres.
A expectativa é que todas essas iniciativas, previstas agora em lei, sejam implementadas de forma colaborativa nos municípios, unindo esforços entre o governo estadual, as prefeituras e as instituições locais. A ideia é criar um ambiente de apoio e compreensão, onde as mães atípicas possam se sentir acolhidas. As prefeituras do Entorno já oferecem serviços e ações que vão ao encontro das diretrizes estabelecidas pela nova política.
Atendimento integral e comunidade de apoio

Em Santo Antônio do Descoberto, a coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Suzilene Monteiro, destacou o Programa de Atendimento Integral às Famílias (PAIF), que acolhe e acompanha mães atípicas. “O PAIF oferece oficinas, reuniões de grupo com psicóloga e acompanhamento individual, quando solicitado. Também disponibilizamos serviços de convivência e fortalecimento de vínculo, onde crianças atípicas podem participar de atividades como balé e judô”, explica Suzilene. Além disso, a prefeitura emite carteiras do autista e passes livres, buscando atender às necessidades específicas dessas famílias. “Temos muito ainda para fazer, mas o acolhimento e o acompanhamento são prioridade”, acrescenta.

Vale destacar, ainda, a Comunidade de Apoio ao Autista e Deficientes Múltiplos de Santo Antônio do Descoberto, formada em 2022, que reúne cerca de 600 membros, incluindo mães atípicas. O grupo promove rodas de conversas, eventos e firmou parcerias com médicos especialistas e terapeutas, oferecendo serviços a preços acessíveis.
Em pesquisas realizadas sobre a população autista no município, foram identificadas necessidades básicas, resultando em um mutirão de atendimentos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que acolheu aproximadamente 200 famílias. O programa TEAmparo, lançado pela gestão municipal, ofereceu avaliação neuropsicológica para crianças atendidas no mutirão. Em 2024, a comunidade organizou o 2° Encontro de Mães Atípicas, que contou com a participação de cerca de 300 pessoas, incluindo integrantes vindos de Águas Lindas. Na ocasião, ocorreram palestras e atividades para as crianças sob supervisão, proporcionando um importante espaço de apoio e informação.
Cursos profissionalizantes

Em Valparaíso, a Secretaria de Assistência Social está comprometida em oferecer suporte à população feminina. A prefeitura informou que a Secretaria realiza cursos profissionalizantes gratuitos para mulheres, incluindo aquelas que são vítimas de violência, em parceria com o Colégio Tecnológico do Estado de Goiás (Cotec). “Esses cursos visam promover a empregabilidade e a independência financeira. Além disso, fazemos a entrega de cestas básicas e cadastramos mães para programas sociais, como Mães de Goiás e Bolsa Família”, afirmou a prefeitura, em nota.
A gestão de Valparaíso também promove a distribuição de brinquedos para crianças no Natal, em parceria com o governo do estado. O Casa Lar, uma residência alternativa de atendimento, proporciona uma melhor convivência para idosos, garantindo seus direitos e promovendo atividades que estimulam sua autonomia. “Estamos sempre buscando maneiras de atender melhor a nossa comunidade, incluindo as mães atípicas”, conclui o comunicado.
Programa Criança Feliz

Luziânia não fica atrás nas ações voltadas para mães atípicas. O secretário de Desenvolvimento Social e Trabalho, Zé Maria, mencionou o programa Criança Feliz, que atende crianças de até seis anos. “Esse programa oferece suporte às mães. Também temos os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) para garantir direitos às famílias que necessitam”, afirmou Zé Maria.
O secretário também enfatizou o apoio que as mães atípicas recebem por meio da Organização de Voluntários de Goiás (OVG), destacando a importância de uma rede de apoio.
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