Projeto TEAmparo, para crianças autistas e famílias atípicas, é lançado em Santo Antônio do Descoberto
26 agosto 2024 às 14h34
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Um programa pioneiro não só no Entorno, como também no Brasil. É o que garantiu a idealizadora do “TEAmparo”, a neuropsicóloga Ana Gabeto, durante o lançamento do projeto pela prefeitura de Santo Antônio do Descoberto. A ideia é que crianças com indícios de TEA possam ser diagnosticadas corretamente e serem acompanhadas por equipe multidisciplinar, assim como disponibilizar apoio e orientação a famílias atípicas em situação de vulnerabilidade. “Como a avaliação neuropsicológica é muito cara, então queremos oportunizá-la a essas pessoas que não têm como custeá-la”, explica Gabeto, acrescentando que, no processo avaliativo, são verificados aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais.
Segundo o prefeito de Santo Antônio do Descoberto, Aleandro Caldato (UB), o embrião do projeto surgiu há cerca de um ano, a partir da demanda de famílias atípicas do município. “O governo municipal procurou formas de atendimento e não encontramos em lugar nenhum na rede pública. Então, iniciamos a busca por profissionais capacitados e após 1 ano de trabalho, com muita seriedade e muita responsabilidade, conseguimos montar uma equipe multidisciplinar com neuropsicólogos, psicólogos e outros especialistas para o tratamento de TEA”, relata o gestor. “Assim, podemos dar melhores condições para os pais saberem como cuidar dessas crianças e proporcionar-lhes, inclusive, ferramentas jurídicas para garantir o amparo pelo poder público. É um projeto inovador, a prefeitura de Santo Antônio do Descoberto saiu na frente e eu tenho certeza de que será exemplo não só para o Estado de Goiás, mas para todo o Brasil”, garante.
Um novo desafio
A secretária municipal de Saúde, Macbena Marques, por sua vez, que é farmacêutica e mãe atípica, divulga que a principal meta é diagnosticar adequadamente as crianças e oferecer um acolhimento mais efetivo aos responsáveis pelo cuidado dos pequenos com TEA. “Por isso, pegamos essa causa com muito amor e carinho. Vamos ajudar várias famílias no nosso município”, ressalta.
Segundo ela, a intenção é disponibilizar o projeto para toda a rede pública de saúde, mas, num primeiro momento, serão atendidas somente pessoas cadastradas no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Há 10 anos atuando com psicologia clínica e neuropsicologia, Ana Gabeto também tem boas expectativas quanto aos resultados do TEAmparo. “É um novo desafio e estamos todos engajados, torcendo para que tudo dê certo. Sem o apoio do Aleandro, que é o prefeito, a gente não teria o alcance necessário. Houve, então, o suporte tanto político, quanto da Secretaria de Saúde, que também está se fazendo presente aqui, nesse projeto”, conclui.
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