Atual secretário-geral da AMAB, Cristiomário Medeiros (PP) é, de fato, o nome mais cotado para presidir a associação, que defende os interesses dos 33 municípios que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF).

O prefeito de Planaltina já obteve apoio de vários outros gestores, como Lulinha (PP), de Cidade Ocidental; Carlinhos do Mangão (PL), de Novo Gama; Altran Avelar (UB), de Flores de Goiás; Marcus Rinco (UB), de Alto Paraíso; e Genivam (PRD), de São João d’Aliança, entre outros. Também tem as “bênçãos”, inclusive, do ex-prefeito de Valparaíso e ex-presidente da AMAB, Pábio Mossoró (MDB). “Há uma movimentação no sentido de ser chapa única. Claro que pode surgir outra, mas a chance é muito pequena”, afirma Cristiomário.

Caso essas previsões se confirmem, a diretoria da AMAB será, então, encabeçada pelo prefeito de Planaltina, tendo, ainda, o prefeito de Cocalzinho, Alessandro Barcelos (UB), como vice-presidente; o prefeito de Valparaíso de Goiás, Marcus Vinicius (MDB), como tesoureiro; e a prefeita de Santo Antônio do Descoberto, Jessica do Premium (UB), como secretária-geral.

O prefeito de Planaltina com outras lideranças do Entorno e da Ride em reunião na AMAB (Foto: Divulgação)

Diálogos e acordos

As negociações para que esse quadro se confirme no próximo dia 20 estão avançadas. Em paralelo, Cristiomário também tem apoiado o prefeito Altran Avelar para a presidência do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico e Ambiental do Nordeste Goiano (Cisbango), composto de 26 municípios, entre eles, Planaltina e Formosa, no Entorno do DF, e algumas cidades da Ride.

Ao mesmo tempo, o gestor tem realizado viagens para alavancar o nome do vice-prefeito de Planaltina, Zezinho do Planalto (UB), como pré-candidato a deputado estadual, e tem sido figura ativa nos bastidores para que uma liderança do Entorno venha a compor a chapa majoritária com Daniel Vilela (MDB) para a disputa do governo de Goiás, nas eleições de 2026. Tudo isso, é claro, sem deixar de lado suas tarefas como gestor executivo municipal.

Múltiplas atividades

Mas como conciliar todo esse rol de atividades com a presidência da AMAB? Cristiomário acredita ser plenamente possível, mas com algumas condições, sendo a principal que o prefeito esteja em seu segundo mandato, por já entender como funciona a gestão do município e por ter uma equipe consolidada. Este fato, por si só, serve como um facilitador, para que o gestor possa assumir outras atribuições.

Outra condição é conhecer o funcionamento e a dinâmica da associação, que tem um papel estratégico para o atendimento às demandas de municípios da Ride, em temas que vão da educação à mobilidade urbana. “Quem está à frente da AMAB precisa pelo menos entender o processo de participação da entidade em discussões com o DF, Goiás e a União”, defende, acrescentando que a questão do consórcio interfederativo para baratear as tarifas do transporte interestadual deverá ser um dos principais temas abordados pela próxima diretoria.

Cristiomário lembra que Pábio Mossoró foi um bom gestor tanto da AMAB, quanto de Valparaíso, tendo conseguido, inclusive, eleger seu sucessor no município. “Não vejo incompatibilidade em cuidar de coisas diferentes. Mas tem que saber separar as situações”, pondera. “Quando os prefeitos estiverem reunidos em torno da AMAB, a gente não vai pensar em campanha de deputado estadual, mas cuidar da instituição, que é, inclusive, apartidária. Hoje, com redes sociais, tudo é mais fácil. Posso estar em Santa Helena e Maurilândia, e continuar administrando a cidade”, explica.

Cristiomário tem o apoio do ex-presidente da AMAB, Pábio Mossoró (Foto: Divulgação)

Protagonismo político

Apesar do caráter apartidário da AMAB, Cristiomário acredita que a associação tem um papel político importante. “O Entorno precisa de maior protagonismo e a entidade que faz isso em nome da região é a AMAB. Qualquer um que estiver à frente da associação, vai ter de defender essa posição”, frisa.

E conclui: Não vai ser o presidente da entidade que vai se colocar como importante nesse processo, mas a instituição e o grupo que está formado. E se eu assumir mesmo essa função, será uma honra, porque será o momento em que o Entorno estará mais forte politicamente”.

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