Eleições no Cisbango podem fortalecer politicamente municípios da Ride e do Entorno

03 fevereiro 2025 às 14h34

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Elaborar projetos para captar recursos voltados ao aperfeiçoamento dos sistemas de saneamento básico, além de promover o desenvolvimento das políticas de resíduos sólidos, estão entre as atribuições do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico e Ambiental do Nordeste Goiano (Cisbango). A instituição abarca 26 municípios, sendo 11 da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). Nesse grupo estão Formosa e Planaltina, que fazem parte da Região Metropolitana do Entorno (RME).
E é justamente esse conjunto de municípios que pode vir a ganhar mais força política tendo um representante da região à frente do consórcio. Na eleição que acontece nesta tarde para a nova diretoria do Cisbango, concorrem duas chapas: a primeira formada pela prefeita de Simolândia, Dona Dete (UB), e o prefeito de Posse, Paulo Trabalho (PL). A outra traz o prefeito de Flores de Goiás, Altran Avelar (UB), e Genivam Gonçalves (PRD), de São João d’Aliança. Esta última conta com o apoio do prefeito de Planaltina, Cristiomário Medeiros (PP), que também concorre à presidência de outra entidade importante para a Ride: a Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB).
Conhecimento técnico
Em entrevista ao Jornal Opção Entorno, Altran explica que o Consórcio, cujo pleito ocorre a cada dois anos, costuma eleger suas diretorias a partir de um consenso em torno de uma única chapa, mas desta vez será diferente. “Sempre quis me candidatar, mas, no meu primeiro mandato como prefeito de Flores, não tive condições. Desta vez, reeleito e com mais tempo e experiência, coloquei meu nome à disposição para disputar a presidência do Cisbango”, afirma, acrescentando que pretende contribuir principalmente com seu conhecimento técnico.
Com especialização em Saneamento e Saúde Ambiental pela Universidade Federal de Goiás (UFG), entre outras formações acadêmicas, Altran reforça que está preparado. “Tive 95% de aprovação em Flores e quero levar essa mesma eficiência como gestor no Cisbango”, ressalta.

Desafios na gestão
Segundo ele, a principal atuação do Consórcio é na área de resíduos sólidos, mas a entidade já está ampliando o leque para outros setores, como a implementação do Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M). “Queremos, no prazo de 2 anos, encerrar os lixões. Vai ser um trabalho bem difícil e o Cisbango deve ser parceiro dos municípios consorciados, para apresentar soluções conjuntas”, propõe.
Da mesma forma que outras entidades, como a AMAB e a Associação Goiana de Municípios (AGM), por exemplo, há também essa prerrogativa, por parte do Consórcio, de ser um articulador junto aos órgãos públicos estaduais e federais, bem como instituições governamentais ou privadas, a fim de buscar recursos e auxiliar as cidades sob seu guarda-chuva institucional.
Altran admite que ter um representante da Ride à frente do Cisbango pode gerar um bônus político para a região, devido aos contatos com autoridades e parlamentares em busca de verbas e apoio. “E teremos a força política para também auxiliar os municípios consorciados que não fazem parte da Ride”, pontua. “É mais uma ferramenta de suporte a essas cidades. O tempo de gestão é pequeno e, quanto mais parcerias, mais rápidos são os resultados”, conclui.
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