Fábio Correa se pronuncia após ser afastado do cargo de prefeito de Cidade Ocidental
05 setembro 2024 às 16h09
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O município de Cidade Ocidental amanheceu hoje com um novo prefeito, Lulinha Viana (PP), após o afastamento de Fábio Correa (PP) do cargo devido, principalmente, a denúncias de fraudes em licitações, cujos valores chegam a mais de R$ 65 milhões. Em meio à “bomba” que bagunçou o cenário político da cidade na manhã desta última quarta (4), com direito a mandados de prisão e de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), Correa começou a juntar os “cacos” do estrago causado pela Operação Ypervoli e resolveu meter a cara à tapa, em um pronunciamento nas redes sociais.
Em vídeo, ele disse estar pronto para prestar esclarecimentos à PF e, sem entrar em detalhes quanto ao objeto das acusações, procurou amenizar o escândalo, frisando se tratar ainda de uma “investigação”. “Durante os nossos 8 anos, não tive uma ação de improbidade pública, nem ação civil pública. E digo mais: as contas de 6 anos seguidos foram aprovadas não só pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), como também pela Câmara Municipal”, declarou. “Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil e Judiciário, a gente tem que trabalhar junto e esclarecer. Somos o município mais transparente do Estado de Goiás, conforme diz o TCM”, complementou.
Entenda o caso
A PF e a CGU deflagraram, ao longo desta quarta, a Operação Ypervoli, no Distrito Federal e em Goiás. Foram 27 mandados de busca e apreensão, oito mandados referentes a medidas cautelares diversas da prisão e um de prisão preventiva, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Segundo a PF, investigações mostraram que há uma organização criminosa responsável por crimes de fraude à licitação, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, que atua em cidades da região do Entorno do Distrito Federal.
Agentes estiveram em Cidade Ocidental cumprindo os mandados nas residências do prefeito e de funcionários da prefeitura, além das secretarias municipais de Saúde, de Educação e no Centro Administrativo.
O TRF-1 determinou a proibição de novos contratos públicos com pessoas físicas e jurídicas investigadas, além do afastamento de Fábio Correa da prefeitura do município.
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