Por determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1), o prefeito Fábio Correa (PP), de Cidade Ocidental, acaba de ser afastado do cargo. O motivo é que o gestor e outros envolvidos são suspeitos de crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraudes à licitação, peculato e organização criminosa.

Agentes da PF e servidores da CGU cumpriram mandados em vários órgãos públicos de Cidade Ocidental, como a prefeitura (Foto: Reprodução/ Radar Ocidental)

Nesta manhã, a Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Ypervoli no Distrito Federal e em Goiás. Mais de 100 policiais e 10 servidores da CGU estão neste momento cumprindo um mandado de prisão preventiva, 27 mandados de busca e apreensão, e oito mandados referentes a medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo TRF 1. O intuito, segundo informações da PF, é “desmantelar uma organização criminosa responsável por crimes de fraude à licitação, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, que atua em cidades da região do Entorno do Distrito Federal”.

Foto: Reprodução/ Radar Ocidental

No município de Cidade Ocidental, segundo divulgou o jornal Radar Ocidental, agentes estiveram nas residências do prefeito e de funcionários da prefeitura, além das secretarias municipais de Saúde, de Educação e no Centro Administrativo.

De acordo com as diligências realizadas pela PF e auditoria da CGU, há indícios de fraude à licitação em mais de 100 contratos, cujos valores ultrapassam R$ 65 milhões.

Além do afastamento do prefeito, o TRF-1 determinou também a proibição de novos contratos públicos com pessoas físicas e jurídicas investigadas.

Foto: Reprodução/ Radar Ocidental

Nota de esclarecimento

A Prefeitura de Cidade Ocidental emitiu nota de esclarecimento em suas redes sociais, informando que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações em curso, fornecendo todos os documentos e informações que se fizerem necessários. “Não há qualquer irregularidade nos atos administrativos, pois a gestão sempre agiu dentro dos princípios da legalidade e da transparência e, confiante na Justiça, reitera o compromisso de colaborar com a investigação, atendendo prontamente a todas as solicitações. Instituições públicas e seus servidores devem estar sempre abertos ao escrutínio público, comprometidos em prestar contas à sociedade e às autoridades competentes”, diz o comunicado.