Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, tendo entre os alvos o ex-deputado distrital Carlos Tabanez e o advogado Alair Ferraz da Silva, ambos ligados à empresa R7 Facilities – Manutenção e Serviços LTDA, investigada por integrar um suposto grupo criminoso dedicado a fraudar processos licitatórios. Durante a operação, a Polícia Federal prendeu Tabanez por porte ilegal de arma.

Informações divulgadas pelo jornal Gazeta do Povo, mostram que a CGU havia começado a vasculhar os contratos da R7 Facilities em 2024, após a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), e detectou várias irregularidades. A empresa era responsável pelos serviços de segurança e manutenção da unidade prisional.

Uso de “laranjas”

A Operação Dissímulo foi deflagrada a partir de atuação conjunta da PF, CGU e Receita Federal (Foto: Divulgação)

Além da R7, as investigações apontam que existem outras sete empresas supostamente envolvidas com fraudes em licitações, todas com contratos vigentes junto à Administração Pública, incluindo um com a própria Polícia Federal.

De acordo com as apurações, realizadas com apoio da CGU e da Receita Federal, os investigados teriam tentado obter benefícios fiscais por meio de falsa declaração de dados, a fim de terem vantagem em relação a outros concorrentes. As empresas integrantes do grupo criminoso também estariam utilizando “laranjas” como sócios, para ocultar os seus verdadeiros proprietários.

Os envolvidos podem ser indiciados, segundo a PF, pelos crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, uso de documentos falso, falsidade ideológica e estelionato contra a Administração Pública.

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