A Operação Ypervoli, desencadeada pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União para desvendar um suposto esquema de fraudes em licitações, lavagem de dinheiro, entre outros crimes em Cidade Ocidental, já trouxe um impacto direto nas eleições do município. Anderson Luciano (Podemos), até então candidato a vice na chapa do atual prefeito e candidato ao Executivo municipal, Lulinha Viana, pediu afastamento da disputa para se concentrar em sua defesa. A PF acredita que Anderson era o principal arrecadador de um esquema de desvio de recursos públicos. “Ele foi acusado na operação e pediu para se afastar, para provar a inocência dele e fazer sua defesa, e eu achei muito justo”, relata Lulinha.

O prefeito então convidou o vereador Rony do Gás para ser o novo candidato a vice, o que foi prontamente aceito pelo parlamentar. “Rony está no terceiro mandato como vereador, sempre bem votado, representa o bairro Friburgo, um dos maiores de Cidade Ocidental, tem experiência vasta na política e conduta ilibada. E isso soma muito no nosso projeto”, elogia Lulinha.

Quando perguntado sobre a possibilidade de maior aproximação com o governador Ronaldo Caiado (UB), agora que iria continuar a campanha com uma nova composição, Lulinha afirma que, na realidade, Rony é mais próximo da deputada federal Magda Mofatto (PRD); então, a escolha não levou em conta esse critério. Mesmo assim, o prefeito se declarou como “apoiador” do gestor estadual. “Ele é governador de todos, nós votamos nele e ele já trouxe projetos para o município. O que ocorre é que o outro candidato é do mesmo partido, mas fica forçando essa aproximação. Porém, Caiado nem veio à convenção; foi a Valparaíso e Luziânia, mas não veio a Cidade Ocidental”, alfinetou.

Mantendo o otimismo

Rony do Gás, que havia saído do União Brasil para o PRD para ser postulante ao cargo majoritário, acabou desistindo de concorrer à prefeitura e diz que agora, como candidato a vice-prefeito, seu foco é “trabalhar para ganhar a eleição”. “Temos chances sim, de ser vitoriosos. A parte jurídica, cada um responde pela sua parte e vamos cuidar do nosso trabalho, aqui. Não vou me adentrar nesse assunto. Minha parte é política e só”, pontuou o parlamentar, ao ser questionado sobre possíveis impactos da Operação Ypervoli na campanha.

Lulinha, por sua vez, garante que a situação já está “assentada” e se mostra bastante otimista. “Aqui temos uma campanha muito organizada, temos nossas pesquisas internas sob controle, está tudo tranquilo”, ressalta. “Agora, tenho de mostrar as propostas para os moradores com muita humildade e ampliar essa vantagem. Estou muito confiante”, conclui.

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