Os clientes da Amazonas Energia foram os mais impactados, com 13,4% da conta de luz sendo atribuída a furtos e fraudes na rede elétrica. Em seguida, os consumidores da Light, no Rio de Janeiro, e os clientes da Equatorial, no Amapá, também enfrentaram aumentos significativos.

Veja a lista por Estado:

  • Amazonas Energia – 13,4%
  • Light – 10,5%
  • CEA Equatorial – 8,2%
  • Roraima Energia – 6,3%
  • Equatorial PA – 5,9%
  • Equatorial AL – 4,6%
  • Enel RJ – 4,4%
  • Neoenergia PE – 4%
  • Energisa RO – 3,8%
  • Equatorial PI – 3,5%
  • Energisa AC – 3,4%
  • EDP ES – 2,7%
  • Equatorial MA – 2,5%
  • Enel Ceará – 2,3%
  • Neoenergia Brasília – 2,3%
  • Enel SP – 2,2%
  • Neoenergia Coelba – 2,1%
  • CEEE Equatorial – 1,9%
  • Energisa PB – 1,7%
  • EDP SP – 1,7%
  • Energisa MT – 1,5%
  • Celesc – 1,5%
  • CPFL Paulista – 1,4%
  • Cemig – 1,4%
  • CPFL Piratininga – 1,3%
  • Energisa SE – 1,2%
  • Energisa MS – 1,2%
  • RGE – 1,2%
  • Equatorial Goiás – 1,1%
  • Copel – 1%

Estados com menores custos por furtos de energia

Por outro lado, os consumidores das seguintes distribuidoras tiveram um impacto mínimo, com custos abaixo de 1% nas tarifas:

  • Energisa Tocantins
  • Neoenergia Elektro
  • CPFL Santa Cruz
  • Neoenergia Cosern
  • Energisa Minas Gerais
  • Energisa Sul/Sudeste

Em 2023, o custo total dos furtos de energia foi de R$ 9,9 bilhões. Desse valor, a Aneel reconheceu o repasse de R$ 6,9 bilhões aos consumidores nos processos tarifários das distribuidoras.

A Aneel classifica os furtos de energia como “perdas não técnicas”, que são evitáveis e não estão relacionadas ao sistema elétrico, mas sim a furtos, fraudes e problemas de medição na rede das distribuidoras.

Revisão tarifária

Os custos dos furtos são parcialmente repassados às tarifas dos consumidores regularizados. A Aneel revisa as tarifas das distribuidoras, considerando as perdas técnicas e não técnicas e repassando os custos na conta de luz conforme critérios de eficiência definidos para cada empresa.

Se uma distribuidora não geriu bem os negócios, o repasse será menor, e a empresa terá que arcar com a diferença entre o valor reconhecido pela Aneel e o valor real das perdas. Caso a distribuidora tenha seguido os critérios definidos, o repasse será maior para os consumidores, recompensando a distribuidora por melhorias e responsabilizando-a por ineficiências.

As concessões da Amazonas Energia e da Light enfrentam altos níveis de furtos, ligados à realidade socioeconômica dos estados do Amazonas e Rio de Janeiro. As duas distribuidoras foram responsáveis por 32,8% do total de furtos e fraudes na medição de energia registrados no Brasil em 2023.

Mudanças na Amazonas Energia

Considerada uma concessão com desafios econômicos, a Amazonas Energia já teve sua incapacidade financeira reconhecida pela Aneel, que chegou a recomendar a extinção do contrato em novembro de 2023.

Em junho, o governo publicou uma medida provisória permitindo a troca de controle da Amazonas Energia, atualmente administrada pelo Consórcio Oliveira Energia. A Âmbar Energia, do grupo J&F, formalizou em 12 de junho sua intenção de comprar a distribuidora. (Júnior Kamenach)

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