O mistério sobre o desaparecimento de Pascoal Oliveira Ramos, de 70 anos, chegou ao fim de forma trágica. O idoso, que estava desaparecido desde 16 de abril, foi encontrado morto e enterrado em uma cova de um metro de profundidade na própria chácara, localizada no Vale do Pedregal, em Novo Gama (GO), na noite desta terça-feira (11).

O principal suspeito do crime, o açougueiro Pedro Henrique, de 25 anos, foi preso pela Polícia Civil de Goiás após confessar o assassinato durante interrogatório. Ele também indicou o local onde havia enterrado o corpo. A operação contou com o apoio da 11ª Coordenadoria de Polícia do Interior (COORPIN) de Barreiras, da Polícia Civil da Bahia (PC-BA), e do Grupo Especial de Investigação de Homicídios (GIH) de Novo Gama.

Ação conjunta da Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Investigação de Homicídios e Polícia Civil da Bahia resultou no desfecho. Foto: Reprodução

Segundo as investigações, Pascoal foi estrangulado com um cinto dentro de sua propriedade e enterrado no local. O idoso havia saído de casa, no bairro Santa Maria, no Distrito Federal, dizendo que iria cuidar de plantas em seu lote no Entorno do DF — um hobby que mantinha há anos. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele deixou sua residência, vestindo regata azul-escura, bermuda jeans e chinelos cinza.

A filha de Pascoal, Luana Oliveira, relatou a dor e a revolta da família após a descoberta. “Eu ainda tinha esperança de encontrar meu pai com vida. O culpado jogou cal no corpo pra esconder o cheiro. Ele matou por inveja, ganância, olho grande na terra do meu pai. Meu pai era um homem bom, que só queria cuidar das plantas dele”, desabafou em entrevista ao Jornal Opção Entorno.

O delegado Taylor Brito, responsável pelo caso, afirmou que a motivação do crime ainda é investigada. “O investigado foi encaminhado à unidade prisional de Barreiras e permanece à disposição da Justiça. O inquérito segue em andamento para esclarecer todos os fatos e garantir a devida responsabilização penal”, declarou.

A prisão do suspeito ocorreu quase sete meses após o desaparecimento de Pascoal, encerrando uma busca marcada por sofrimento e esperança para a família.

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